A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, disse nesta quarta-feira, 9, que a estatal não vai parar nenhum projeto por conta da queda do preço do petróleo. Ela informou que todos os projetos da companhia são resilientes ao preço de até US$ 28 o barril.
"Tudo é de longo prazo. Aprovamos os projetos resilientes, projetos que vão ser instalados daqui a 2, 3, 4, 5 anos", comentou a diretora, após participar do Fórum Brasileiro de Líderes de Energia Óleo e Gás, na Fundação Getulio Vargas (FGV). "Eu sou otimista, mas se você olhar, depois do que passamos em 2020 (pandemia do covid-19), isso aqui é brincadeira", avaliou a executiva, referindo-se à forte queda do preço do petróleo nos últimos dias, por conta da guerra comercial promovida pelos Estados Unidos.
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Perguntada sobre uma possível redução do preço dos combustíveis pela estatal, como vem pleiteando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a executiva evitou comentar, por não ser decisão da sua área.
Ela destacou , porém, que o aumento da produção de gás natural, outra demanda do governo, está sendo cumprida.
Silveira estava previsto para o evento, mas ficou em Brasília de "stand by" para uma possível reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, informaram os organizadores do encontro.
"Mas o que eu posso dizer, que é uma coisa muito positiva, que o governo deseja, que é gás, nós aprovamos na diretoria, vocês viram, o projeto Buzios 12 com exportação de gás", informou Sylvia Anjos.
A diretoria da Petrobras aprovou recentemente a licitação para 12ª plataforma para o campo de Búzios, grande aposta da Petrobras para o aumento da produção no pré-sal da bacia de Santos.
"O maior campo do mundo em água profunda, que é Búzios, vai mais uma vez estar com o projeto de ser um hub de exportação de gás. Não só pro Búzios 12, mas pro Búzios 10, que é outra plataforma que vai escoar por lá. Ou seja, no futuro, quando o óleo acabar, vai vindo gás", avaliou a diretora. "Isso é algo totalmente alinhado com o que o governo está pedindo, o ministro está solicitando. E essa é a resposta, esse é o nosso primeiro projeto (de gás)", afirmou.
Margem Equatorial
Sylvia disse ainda, que o Ibama deve fiscalizar o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Oiapoque nos próximos dias, "provavelmente vai ser logo", e que mais nenhuma exigência foi feita até o momento para a concessão de licença ambiental para exploração do bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.
"Depois da inspeção, a expectativa é que liberem a autorização pré-operacional (APO) e depois a licença", concluiu a diretora, sem estimar quando seria concedido o documento, anteriormente previsto por ela para abril.
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