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Pela ótica da demanda, consumo das famílias e setor externo sustentaram PIB, avalia IBGE

O avanço de 0,4% na atividade econômica no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025 foi impulsionado, pela ótica da demanda, pelo crescimento de 0,5% no Consumo das Famílias e pela contribuição positiva do setor externo, de acordo com o

Daniela Amorim e Juliana Garçon (via Agência Estado)

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Escrito por Daniela Amorim e Juliana Garçon (via Agência Estado)
Publicado em 02.09.2025, 13:43:00 Editado em 02.09.2025, 13:48:58
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O avanço de 0,4% na atividade econômica no segundo trimestre de 2025 ante o primeiro trimestre de 2025 foi impulsionado, pela ótica da demanda, pelo crescimento de 0,5% no Consumo das Famílias e pela contribuição positiva do setor externo, de acordo com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O Consumo das Famílias se manteve em expansão, sustentado pela manutenção da melhora no mercado de trabalho, pelas políticas de transferências de renda e por estímulos fiscais, enumerou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.

Quanto ao setor externo, as exportações cresceram 0,7% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre, enquanto as importações caíram 2,9%. Segundo Palis, as importações caem após uma base de comparação elevada no primeiro trimestre, quando houve a importação de uma plataforma chinesa, mas houve também efeito da própria desaceleração no ritmo de crescimento da economia. "A importação tem efeito da plataforma importada da China. E com a economia desacelerando, as importações tendem a desacelerar também", acrescentou.

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A coordenadora do IBGE afirmou que os dados do PIB do segundo trimestre não trouxeram nenhum efeito do tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos exportadores brasileiros. Segundo ela, quaisquer efeitos tanto do tarifaço quanto da liberação de pagamentos de precatórios só poderiam se refletir nas próximas leituras do PIB.

Ainda sob a ótica da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) caiu 2,2% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre.

"O recuo nos investimentos no segundo trimestre tem a ver também com a política monetária restritiva. E a FBCF teve efeito também de (base de comparação elevada da) plataforma importada, que deu um salto no primeiro trimestre de 2025", disse ela.

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Resiliência

Na avaliação de Rebeca Palis, os estímulos fiscais explicam o termo "resiliente" que tem sido usado por economistas sobre a situação atual da atividade econômica brasileira, a despeito do ciclo monetário contracionista.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o PIB desacelerou de uma expansão de 1,3% no primeiro trimestre de 2025 para uma alta de 0,4% no segundo trimestre deste ano. Apesar do freio, o resultado configurou a 16ª taxa trimestral positiva consecutiva, levando o PIB a alcançar novo patamar recorde na série histórica iniciada em 1996.

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Ela lembra que a literatura aponta uma defasagem de tempo entre o aumento da taxa básica de juros e seu efeito completo sobre a economia.

"Ao mesmo tempo, a gente está com dois efeitos básicos contrários na economia. A gente está com política monetária restritiva, mas política fiscal nem tanto", ressaltou a pesquisadora. "Tanto que o Consumo das Famílias ainda estar muito bem tem a ver com toda essa questão do programa de transferência de renda, aumento real do salário mínimo e outras questões de política fiscal", acrescentou ela, referindo-se a estímulos fiscais.

A taxa acumulada pelo PIB em quatro trimestres - que sinaliza o resultado anualizado - registrou um crescimento de 3,2% no segundo trimestre de 2025. Questionada sobre esse indicador permanecer oscilando em torno desse patamar já há alguns trimestres, Palis respondeu que a atividade econômica dá sinais de desaceleração.

"A gente não faz previsão, mas (o PIB) está numa trajetória de desacelerar", afirmou Rebeca Palis.

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