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Paul Krugman: Trump não conseguirá demitir Powell do comando do Fed antes de maio

O economista norte-americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia de 2008, não acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai conseguir tirar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, antes do

Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)

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Escrito por Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)
Publicado em 16.07.2025, 14:28:00 Editado em 16.07.2025, 14:34:52
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O economista norte-americano Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia de 2008, não acredita que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai conseguir tirar o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, antes do fim do seu mandato, que termina em maio do próximo ano. O problema é quem virá depois, alerta.

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"O que podemos esperar é que ele Trump continue pressionando o Fed a cortar as taxas de juros. Não acho que ele Trump conseguirá afastar Jerome Powell antes de maio próximo", disse Krugman, em texto publicado nesta quarta-feira, 16.

O republicano voltou a negar que planeja demitir Powell, mas renovou as críticas ao chefe do Fed. O The New York Times revelou ainda que Trump teria mostrado um rascunho de uma carta de demissão do presidente do Fed a deputados republicanos, na noite desta terça, 15.

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"Powell pode sair da presidência do Fed por fraude. A menos que haja fraude na reforma, não vamos demitir Powell", disse Trump, hoje, afirmando ser "mais conservador que os republicanos sobre demissão de Powell" que "gostaram da ideia".

Para Krugman, o problema é a escolha do sucessor de Powell no comando do principal banco central do mundo. "Quem quer que ele Trump escolha depois disso fará o que ele mandar", afirmou. Na semana passada, o economista já havia dito que o futuro presidente do Fed será um "desastre" uma vez que Trump busca alguém que lhe dê "lealdade servil" para tocar a política monetária nos EUA.

O Nobel diz que o ex-diretor do Fed Kevin Warsh é uma "escolha provável", mas que o chefe do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hasset, "que ninguém suspeita ter princípios independentes, pode estar em primeiro lugar" para suceder Powell.

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"Se Warsh for escolhido, muitos em Wall Street provavelmente ficarão tranquilos, acreditando que ele é uma pessoa séria. Mas ele não é e nunca foi", avaliou Krugman.

Ao relembrar uma análise de um discurso de Warsh de 2010, o economista disse que a credibilidade institucional do Fed é seu "ativo mais valioso". Na sua visão, a confiabilidade no BC pode trazer consequências mais sérias para a economia do que os Treasuries de longo prazo.

O economista norte-americano disse ainda que a pressão por taxas mais baixas não faz sentido quando há por trás uma justificativa econômica. E teme pelo pior. "O Fed em breve será tão politizado quanto todo o resto do governo federal", conclui o Nobel.

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