O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta sexta-feira, 22, com maiores expectativas para que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) corte as taxas de juros neste ano, após o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, sugerir que a mudança no equilíbrio de riscos pode justificar ajustes na política monetária, em discurso no Simpósio de Jackson Hole.
O ouro com vencimento em dezembro encerrou em alta de 1,09%, a US$ 3.418,50 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex). Na semana, o metal avançou 1,05%.
Powell alertou para riscos negativos para o mercado de trabalho e disse que, em termos dos objetivos do duplo mandato do BC, o setor permanece próximo do pleno emprego. As falas do chefe do BC americano fizeram as chances para um corte dos juros na reunião de setembro subirem e tornaram a possibilidade de redução acumulada de 50 pontos-base (pb) até dezembro a principal, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group, o que coopera para a alta do ouro.
De acordo com a Pantheon, o discurso de Powell faz a redução dos juros do Fed em setembro parecer "garantida". A consultoria projeta mais dois cortes de 25 pontos-base (pb) em novembro e dezembro, o que pode beneficiar ainda mais o metal dourado.
O metal precioso também recebe suporte com a continuidade dos conflitos geopolíticos e menores esperanças para um encontro entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que não há planos para um encontro entre os líderes.
Por outro lado, a DHF Capital menciona que os indicadores de demanda por ouro físico mostram sinais mistos na Ásia. Segundo a análise, joalheiros indianos aumentaram cautelosamente as compras antes da temporada de festivais, mas em níveis muito abaixo do normal. "As negociações também estão contidas em Cingapura e Hong Kong", acrescenta.
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