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Nível de produção fica estável em setembro, com acúmulo de estoques indesejados, diz CNI

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A indústria brasileira fechou o 3º trimestre do ano com a produção estagnada, estoques se acumulando e recuo no emprego. De acordo com a Sondagem Industrial, divulgada nesta segunda-feira, 20, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em setembro, o nível de produção ficou estável, com 50,1 pontos, praticamente sobre a linha divisória dos 50 pontos, indicando estabilidade da produção industrial na comparação com agosto. Os indicadores da pesquisa variam de zero a 100 pontos, sendo que acima de 50 mostram crescimento.

O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,9 pontos em setembro, indicando queda no mês. "Destaca-se que, desde 2020, usualmente o número de empregados apresentava crescimento no período analisado; com exceção do ano de 2023, os índices registrados em setembro registraram valores acima de 50 pontos", ressalta a CNI.

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O indicador de evolução do nível de estoques ficou em 50,8 pontos no mês passado. Acima da linha dos 50 pontos, explica a CNI, o índice revela que, em comparação a agosto, houve acúmulo de estoques. Já o índice de estoque efetivo em relação ao usual passou de 48,8 pontos em agosto para 50,7 pontos em setembro. "Com o resultado, o índice se afastou da linha divisória, mostrando que o nível de estoques, antes ajustado ao nível planejado pelas empresas, está agora acima do planejado. Ou seja, em setembro, houve acúmulo indesejado de estoques", diz a Sondagem.

"Os dados mostram um quadro difícil para a indústria. É importante notar que o acúmulo de estoques indesejado ocorre mesmo com um freio da produção. É um sinal de que a demanda veio mais fraca do que os empresários esperavam", avalia o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) manteve-se estável em setembro, em 70%, mesmo patamar do mês anterior.

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A Sondagem mediu também o índice de satisfação do empresário industrial. Com relação à situação financeira, esse índice apresentou elevação de 0,5 ponto na passagem do segundo para o terceiro trimestre, chegando a 48,9 pontos. Mas o resultado permanece abaixo da linha dos 50 pontos, indicando que as empresas industriais ainda demonstram insatisfação com a situação financeira.,

O índice de satisfação com o lucro operacional subiu, 0,8 ponto, para 43,6 pontos. "Embora o índice do terceiro trimestre revele que os empresários do setor seguem insatisfeitos com o lucro operacional, o avanço no indicador na comparação com o trimestre anterior sinaliza uma redução nessa insatisfação", diz a pesquisa.

Com relação à facilidade de acesso ao crédito, o índice subiu 0,4 ponto, para 40,3 pontos, ficando ainda abaixo da linha divisória, revelando dificuldade de acesso ao crédito. Já o indicador de evolução do preço médio das matérias-primas recuou 1,8 ponto, chegando a 55,2 pontos no terceiro trimestre do ano, indicando que os empresários ainda percebem aumento nos preços das matérias-primas. Mas é a terceira queda consecutiva do indicador, o que demonstra, de acordo com a Sondagem, que a percepção dos empresários é de uma elevação de preços cada vez menos intensa e disseminada.

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Principais problemas da indústria

No terceiro trimestre de 2025, os três principais obstáculos apontados pelos industriais brasileiros foram: elevada carga tributária (apontado por 37,8%), demanda interna insuficiente (28,8%), e taxas de juros elevadas (27,3%). Em quarta colocação, está a falta ou alto custo de trabalhador qualificado, apontado por 22,9% dos entrevistados.

Expectativas

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O índice de expectativa de quantidade exportada subiu 2,0 pontos em outubro, para 48,6 pontos. O indicador segue abaixo dos 50 pontos, o que significa que a expectativa é de queda da quantidade exportada nos próximos seis meses, mas, na avaliação da CNI, o "pessimismo tornou-se menos intenso e disseminado".

O índice de expectativa de demanda subiu 0,2 ponto, para 52,5 pontos. Já os índices de expectativa de número de empregados e de compras de matérias-primas recuaram 0,3 ponto, para 49,3 pontos e 51,0 pontos respectivamente.

O índice de intenção de investimento teve leve aumento de setembro para outubro, ficando em 54,8 pontos. "Apesar da alta no mês, o indicador apresenta tendência de queda ao longo de 2025 após ter alcançado um pico em dezembro de 2024. Apesar de permanecer acima da média histórica, o índice de intenção de investimento acumula retração de 4,0 pontos até entre dezembro de 2024 e outubro de 2025", destaca a pesquisa.

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A Sondagem foi feita entre os dias 1º e 10 de outubro, com 1.423 empresas.

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