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Não houve 'apoio disseminado' a corte de 50 pb nos juros, afirma Powell

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano, Jerome Powell, disse que não houve "apoio disseminado" a um corte de 50 pontos-base na reunião de setembro. Segundo ele, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) f

Aline Bronzati (correspondente) e André Marinho (via Agência Estado)

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Escrito por Aline Bronzati (correspondente) e André Marinho (via Agência Estado)
Publicado em 17.09.2025, 16:47:00 Editado em 17.09.2025, 16:53:19
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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano, Jerome Powell, disse que não houve "apoio disseminado" a um corte de 50 pontos-base na reunião de setembro. Segundo ele, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) fez bem em esperar para ver como as tarifas, a inflação e o mercado de trabalho evoluíram. Os riscos estavam inclinados para a inflação, e agora estão se equilibrando, na sua visão.

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"Devemos estar nos movendo na direção da neutralidade, e foi o que fizemos hoje. Não houve apoio generalizado para um corte de 50 pontos-base", disse Powell, em coletiva de imprensa.

Ele afirmou ainda que o Comitê reagiu a um nível muito menor de criação de empregos nos EUA e outras evidências de enfraquecimento no mercado de trabalho. "Esses riscos talvez não estejam totalmente equilibrados, mas caminhando na direção do equilíbrio agora, então isso justifica uma mudança na política", afirmou.

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O presidente do Federal Reserve disse ainda que não vê a necessidade de um corte mais acelerado nos juros agora. "Eu não diria que um corte de 50 pontos-base faria uma diferença enorme na economia, mas é preciso olhar para todo o caminho das taxas", comentou.

De acordo com Powell, houve mudanças no cenário de riscos ao emprego desde a última reunião do FOMC. "O mercado de trabalho está enfraquecendo, e não precisamos que ele enfraqueça mais. Não queremos isso, então usamos nossas ferramentas, e começamos com um corte de taxa de 25 pontos-base", disse.

Powell reiterou o compromisso em restaurar a inflação americana à meta de 2% ao ano. O dirigente afirmou que os riscos de inflação mais alta estão menores do que estavam em abril.

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Alta de forma pontual

O presidente do Federal Reserve disse que a expectativa é de que a inflação nos Estados Unidos suba este ano de forma pontual devido ao impacto das tarifas no setor de bens. Esse efeito, contudo, tem se dado de forma lenta, conforme ele. "O impacto das tarifas na inflação tem sido mais lento e menor do que pensávamos. Mas a evidência é muito clara de que há algum repasse", comentou.

De acordo com Powell, a justificativa para um surto inflacionário persistente por conta das tarifas é menor. Por isso, o FOMC achou que era a hora de reconhecer que os riscos para o outro mandato, de máximo emprego, aumentaram.

Ele disse que há cenário de baixas contratações e baixas demissões no mercado de trabalho dos EUA. "Baixas contratações preocupam e por isso é apropriado reduzir os juros", afirmou.

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