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Membro do Fed vê mais riscos para o emprego, mas defende 'abordagem equilibrada' em juros

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de St. Louis, Alberto Musalem, admitiu, em evento do Peterson Institute for International Economics (PIIE) nesta quarta-feira, 3, ver mais riscos de baixa para o mercado de trabalho dos Estados Unidos, mas ponderou que ainda existem riscos de inflação persistentemente alta. Para ele, os dirigentes devem adotar uma "abordagem equilibrada" e dependente de dados nas próximas decisões.

"Temos que pesar a probabilidade falhar em cada meta, o tamanho potencial da falha e os diferentes horizontes de tempo exigidos para voltar aos níveis de emprego e inflação consistentes com nosso mandato", explicou o membro do Fed. "Por exemplo, colocar peso demais no mercado de trabalho gera riscos de relaxar demais a política monetária, inclinando mais a curva de juros e impulsionando os prêmios de prazo ou aumentando as expectativas de inflação."

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Na visão do dirigente, qualquer uma dessas consequências prejudicaria o mercado de trabalho muito mais do que o beneficiaria, além de contribuir para o risco de inflação persistente acima da meta de 2%.

Musalem também vê o mercado mais sensíveis a esses riscos, citando como exemplo o aumento nos prêmios de prazo e em algumas expectativas de inflação de longo prazo.

"Por outro lado, colocar peso demais na inflação gera risco de não providenciar suporte o suficiente para manter o pleno emprego", ponderou o dirigente.

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Apesar de ver mais riscos de baixa para o emprego, Musalem afirmou que sua projeção é de uma desaceleração lenta do mercado de trabalho e ressaltou que a política monetária atual, em nível moderadamente restritivo, é consistente com o mandato duplo.

O dirigente tem direito a voto nas decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) neste ano.

Efeito das tarifas

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Alberto Musalem apontou ainda que o núcleo da inflação continua próximo de 3% nos Estados Unidos, acima da meta de 2%. Ele associou a persistência dos preços neste nível a um efeito parcial e modesto das tarifas impostas pelo governo Trump.

"Espero que as tarifas afetem a economia nos próximos dois a três trimestres, com o impacto sobre a inflação desaparecendo depois disso", notou o dirigente do Fed.

Musalem destacou ainda que o crescimento do PIB real continua abaixo do potencial nos EUA - com alta de 1,4% no primeiro semestre, em ritmo anualizado - e só deverá voltar a seguir a tendência em 2026. Até lá, o crescimento abaixo do potencial e as expectativas de inflação de longo prazo estáveis devem "limitar" a persistência da inflação, estimou ele, projetando retorno da inflação à meta de 2% no segundo semestre do próximo ano.

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Contudo, Musalem admitiu que há "considerável incerteza" em suas projeções, considerando que os ajustes aos aumentos de preços provocados pelas tarifas podem levar mais tempo ou a depender do nível final das alíquotas. Além disso, a população já está "sensível" às novas políticas, o que poderia elevar expectativas de inflação de longo prazo.

Musalem espera que políticas fiscais ofereçam algum apoio para a atividade econômica e vê as condições financeiras alinhadas ao ambiente de juros moderadamente restritivos.

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