Medianas do Focus indicam que BC cumprirá meta sem interrupções até novembro de 2027
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As medianas do Sistema Expectativas de Mercado, que embasa o relatório Focus do Banco Central, indicam que a inflação acumulada em 12 meses no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai cair abaixo do teto da meta, de 4,50%, já em novembro (4,49%). Depois, o Banco Central deve ser capaz de cumprir o alvo até novembro de 2027, o último mês com dados disponíveis, quando a taxa deve atingir 3,79%.
Desde janeiro deste ano, o BC persegue uma meta contínua de inflação, com centro de 3% e tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Quando o IPCA acumulado em 12 meses fica acima ou abaixo da banda de tolerância - mais do que 4,50%, ou menos do que 1,50% - por seis meses consecutivos, considera-se que a autoridade monetária perdeu a meta.
Cálculos do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com base nas medianas para o IPCA mensal do Sistema Expectativas de Mercado indicam que, de novembro de 2025 até novembro de 2027, o IPCA acumulado em 12 meses não vai ficar acima de 4,50% por seis meses consecutivos em nenhum período. Na verdade, os economistas do mercado esperam um único repique da inflação acima do teto da meta, em janeiro de 2026, a 4,74%. Em fevereiro, a taxa já cairia a 3,97%, evitando que o BC perca a meta.
No entanto, o mercado também não vê convergência da inflação ao centro da meta, de 3%, em momento algum. A menor taxa prevista para o IPCA em 12 meses, de 3,72%, ocorreria em abril de 2026. No horizonte relevante da política monetária, o fim do segundo trimestre de 2027, a inflação acumulada ficaria entre 3,93% (com base nas projeções mensais) e 3,95% (com base nas estimativas trimestrais) - bem acima dos cálculos do próprio BC (3,3%) e do Ministério da Fazenda (3,2%).
Mais cedo, a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,55% para 4,46%, abaixo do teto da meta pela primeira vez desde o início de dezembro de 2024.
Desde o fim do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) conduziu um rápido ciclo de aperto, que levou a taxa Selic a 15% ao ano. Na sua última reunião, o colegiado repetiu que os juros devem ficar "significativamente contracionistas" e por um período "bastante prolongado".
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