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Lucro da Nestlé cai 10% no 1º semestre do ano, para US$ 6,38 bilhões; ação cede 5,6% na Suíça

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A multinacional suíça de alimentos e bebidas Nestlé informou nesta quinta-feira, 24, que obteve lucro líquido de 5,065 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 6,37 bilhões) no primeiro semestre deste ano. O resultado ficou 10,3% abaixo do obtido nos seis primeiros meses do ano passado, mas em linha com as expectativas de analistas. O lucro básico por ação passou de 2,16 para 1,97 francos suíços no período, enquanto o lucro por ação ajustado caiu de 2,40 para 2,27 francos suíços. Na bolsa suíça, as ações recuavam 5,63% por volta das 8h (de Brasília).

As vendas somaram 44,29 bilhões de francos suíços (US$ 55,70 bilhões) nos seis primeiros meses do ano, recuo de 1,8% ante igual período de 2024, mas em linha com o esperado por analistas. Segundo a Nestlé, o resultado inclui um impacto negativo de 4,7% relacionado à valorização significativa do franco suíço durante o período.

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Com isso, o crescimento orgânico foi de 2,9%, com contribuição dos preços em 2,7%, "refletindo medidas tomadas para enfrentar a inflação dos custos de insumos nas categorias de café e produtos à base de cacau", disse em relatório. O Crescimento Interno Real (RIG, na sigla em inglês) - principal medida de volume de vendas da empresa - foi de 0,2%, com a baixa demanda dos consumidores e o efeito de curto prazo da adaptação de consumidores e clientes aos aumentos de preços.

Em teleconferência, o CEO da Nestlé, Laurent Freixe, afirmou que a empresa pode aumentar ainda mais os preços em resposta aos fortes aumentos nos custos do cacau e do café, mas que a maior parte desses aumentos já ocorreu. "Podemos precisar de um pouco mais, mas a maior parte já foi feita e se refletirá nos próximos trimestres", disse.

Por categoria de produto, confeitaria e café foram os que mais contribuíram para o crescimento orgânico, impulsionadas por aumentos de preços de 10,6% e 6%, respectivamente. "No caso do café, os efeitos de elasticidade (queda de volume frente a aumento de preços) foram limitados, e o RIG foi levemente positivo, mantendo-se estável nos dois trimestres", segundo a Nestlé. Já em confeitaria, os efeitos de elasticidade de curto prazo foram mais evidentes, em linha com as tendências históricas, acrescentou a empresa. Além desses, o segmento de PetCare e de águas tiveram crescimento modesto, enquanto o de alimentos teve queda.

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Por região, a Nestlé registrou crescimento orgânico na Europa de 3,5%, com recuo de 0,2% RIG mas preço 3,7% maior, ampliando a receita com vendas de 8,342 para 8,467 bilhões de francos suíços. Nas Américas, o crescimento foi de 2,1%, com RIG 0,5% menor e preço 2,7% maior, refletindo avanços no Brasil, Argentina e Venezuela, que compensaram fraquezas na América Central e Caribe, disse a Nestlé. Em valores, houve perda de cerca de 4,9% nas vendas, somando 16,954 bilhões de francos suíços no semestre. Na Zona que compreende Ásia, Oceania e África, com exceção da China, houve crescimento de 2,4%, com RIG -0,3% e preço +2,6%

Para o acumulado do ano fiscal de 2025, a Nestlé manteve suas projeções, estimando aceleração do crescimento orgânico de vendas em relação a 2024 e margem UTOP (lucro operacional subjacente das operações comerciais) de 16% ou mais, apesar de pressões cambiais, tarifárias e incertezas macroeconômicas. A companhia destacou, em teleconferência, que 90% dos produtos vendidos pela Nestlé nos Estados Unidos são fabricados dentro do próprio país.

Além disso, a Nestlé disse que pode vender a Nature's Bounty e outras marcas, como parte de uma revisão de marcas de baixo desempenho em sua unidade de vitaminas, minerais e suplementos. A empresa comprou a Nature's Bounty, a Osteo Bi-Flex e a Puritan's Pride em um acordo de US$ 5,75 bilhões pelas principais marcas da fabricante de vitaminas Bountiful Co. em 2021.

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Entre outras questões, a companhia suíça afirmou estar tomando medidas para melhorar seu desempenho na região que inclui China, Taiwan e Hong Kong, incluindo mudanças na liderança. Seus negócios na região cresceram nos últimos anos com a expansão da distribuição, mas esse modelo foi desafiado por um consumo mais fraco e um ambiente deflacionário, ressaltou.

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