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Kepler Weber tem queda de 61% no lucro do 2º trimestre, mas vê retomada gradual

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A Kepler Weber reportou lucro líquido de R$ 14,4 milhões no segundo trimestre de 2025, retração de 61,1% na comparação com igual período do ano passado. A queda foi atribuída ao ambiente ainda adverso no agronegócio, marcado por juros elevados, preços deprimidos das commodities e maior concessão de descontos comerciais diante das restrições de liquidez.

A receita líquida totalizou R$ 311,1 milhões, recuo de 5,1% na comparação anual. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 40%, para R$ 37,9 milhões, com margem de 12,2%, ante 19,3% no segundo trimestre de 2024. O lucro líquido representou 4,6% da receita, abaixo dos 11,3% de um ano antes.

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O CEO Bernardo Nogueira afirmou que o mês de junho concentrou mais da metade da geração de caixa do trimestre, indicando início de uma trajetória de recuperação. "O mês de junho representou 56% do nosso Ebitda, e essa geração de caixa e rentabilidade é o que a gente já enxerga para os próximos meses e segundo semestre", disse. Segundo ele, a retomada é gradual. "A gente vê uma tendência. Não é uma recuperação em U, em V. Ainda é gradual, mas consistente", complementou. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido somou R$ 39,9 milhões, queda de 55,2% em relação a igual período de 2024. A margem líquida foi de 6,0%, ante 12,6% no primeiro semestre do ano passado.

A companhia informou que a carteira contratada aumentou 13,8% na comparação anual, impulsionada pela ampliação da base de clientes e pela execução das ações comerciais. A empresa também registrou, no primeiro semestre, o maior volume de embarques dos últimos dez anos, com alta de 4% frente a 2024. "O volume faturado no primeiro semestre é maior inclusive do que 2022 e 2021, que foram anos bastante mais favoráveis", afirmou Nogueira.

Entre os segmentos, Agroindústrias registrou receita de R$ 107,2 milhões no trimestre, avanço de 9,2%, com aumento de 77,1% na base de clientes faturados. Reposição e Serviços cresceu 8,4%, para R$ 62,5 milhões, com alta de 10,2% no número de clientes. No semestre, esse segmento acumulou crescimento de 18,4%.

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Negócios Internacionais manteve-se praticamente estável em R$ 30,9 milhões no trimestre. A Argentina foi responsável por 30% das vendas contratadas no semestre, consolidando-se como destino estratégico da companhia. "A Argentina saiu de zero dos nossos negócios internacionais há dois anos para mais de 30% já nesse primeiro semestre", disse o CEO. No segmento de Reposição e Serviços, o País já ocupa a segunda posição entre os destinos de exportação.

O segmento Fazendas faturou R$ 95,8 milhões, queda de 7,5% na comparação anual, pressionado por juros altos e preços mais baixos das commodities. Ainda assim, apresentou expansão de 32,9% na base de clientes. Foram contratados dez novos projetos no trimestre, somando R$ 73 milhões, com entregas previstas para o segundo semestre. Portos e Terminais recuou 60,8%, para R$ 14,7 milhões, refletindo uma base comparativa elevada no segundo trimestre de 2024. A margem bruta do segmento, contudo, avançou 0,8 ponto porcentual, para 36,4%, com crescimento de 20% na base de clientes faturados.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 24,1 milhões no trimestre, recuo de 3% na comparação anual. No semestre, a queda foi de 4,8%, mesmo sob pressão inflacionária. "Como um imóvel aqui em São Paulo: se a pessoa vai comprar financiado, com juros baixos, ele se preocupa menos com o preço. Mas se vai comprar com o próprio dinheiro, aperta mais o fornecedor", afirmou Nogueira, ao comentar o impacto dos juros nas margens comerciais.

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