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Itaú: impacto de tarifas no PIB pode ser de -0,2PP a 0,6PP ao longo de 12 meses, se aplicadas

O Itaú Unibanco calcula que se as tarifas de 50% impostas ao Brasil pelos Estados Unidos entrarem em vigor em 1º de agosto de 2025, o impacto no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será entre queda de 0,2 a 0,6 ponto porcentual ao longo de 12 meses

Maria Regina Silva e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva e Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado)
Publicado em 14.07.2025, 09:59:00 Editado em 14.07.2025, 10:03:17
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O Itaú Unibanco calcula que se as tarifas de 50% impostas ao Brasil pelos Estados Unidos entrarem em vigor em 1º de agosto de 2025, o impacto no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será entre queda de 0,2 a 0,6 ponto porcentual ao longo de 12 meses.

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Conforme o banco, tais estimativas envolvem elevado grau de incerteza. Isso porque podem variar de acordo com hipóteses de realocação de comércio dos produtos taxados para outros destinos e de eventuais retaliações, motivo pelo qual a instituição optou por não incluir em seu cenário base neste momento.

Por enquanto, o Itaú mantém sua projeção de alta de 2,2% para o PIB fechado em 2025 e de avanço de 1,5% para 2026, conforme relatório divulgado nesta manhã, assinado pelo economista-chefe Mario Mesquita.

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Apesar das manutenções, revisou o balanço de riscos de "neutro para baixista", em função dos dados mais fracos de atividade observados no segundo trimestre deste ano e dos potenciais impactos sobre o crescimento diante da imposição das tarifas.

Em relação ao PIB do segundo trimestre, o Itaú diz que a expectativa de expansão de 0,5% na margem e de crescimento de 2,4% no confronto interanual tem viés é de baixa. Em maio, cita, a indústria de transformação registrou sua segunda queda consecutiva, enquanto o varejo ampliado, excluindo o atacarejo, apresentou estabilidade após uma forte retração em abril.

Além disso, menciona que seu indicador diário de atividade (IDAT- Atividade) também apontou um desempenho fraco em junho, com destaque para o recuo anual do setor de serviços (o primeiro desde outubro 2023) e a queda dos bens sensíveis à renda.

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O Itaú destaca, contudo, que, apesar do desempenho abaixo do esperado no segundo trimestre e do risco advindo das tarifas, há fatores que podem impulsionar a atividade econômica nos últimos seis meses de 2025.

"A liberação dos precatórios, concentrada em julho, e a aceleração nas concessões do novo consignado privado têm potencial para estimular o consumo na segunda metade do ano, compensando parcialmente o desempenho fraco do início do período", cita.

Quanto à projeção para o PIB de 2206, o Itaú também afirma que continua monitorando a possibilidade de implementação de políticas fiscais e parafiscais contracíclicas, que poderiam ser adotadas para mitigar uma eventual desaceleração da atividade econômica no próximo ano.

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Desemprego

O Itaú mantém sua projeções para a taxa de desemprego em 6,4% para 2025 e 6,9% para 2026. Os dados de curto prazo reforçam sua expectativa de que o mercado de trabalho deve permanecer resiliente no curto prazo, sustentado principalmente pelo setor formal.

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