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Isaac Sidney: Selic explica juros e spreads bancários; é uma consequência e não causa

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse nesta segunda-feira, 25, que a própria taxa básica de juros, a Selic, explica o elevado patamar de juros e spreads bancários no Brasil. Ele ressaltou, no entanto, que a Selic em 15% não é a causa dos juros alt

Francisco Carlos de Assis e Geovani Bucci (via Agência Estado)

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Escrito por Francisco Carlos de Assis e Geovani Bucci (via Agência Estado)
Publicado em 25.08.2025, 17:48:00 Editado em 25.08.2025, 18:00:28
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O presidente da Febraban, Isaac Sidney, disse nesta segunda-feira, 25, que a própria taxa básica de juros, a Selic, explica o elevado patamar de juros e spreads bancários no Brasil. Ele ressaltou, no entanto, que a Selic em 15% não é a causa dos juros altos, mas a consequência de uma série de problemas, dentre eles a política fiscal. "É claro que a taxa Selic não é causa, obviamente, do spread bancário. E a condição da política monetária, ela leva em conta uma série de variáveis, inclusive marcas econômicas, passando pelo quadro fiscal e pela necessidade de cumprir uma meta de inflação", disse.

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Para ele, que participa do Seminário Brasil Hoje, do Grupo Esfera Brasil, talvez valha a pena repetir que ao contrário da versão de que juros altos interessam aos bancos, ela não corresponde à verdade.

"A minha visão, não só com a experiência de ex-Banco Central, do diretor, do procurador-geral, e há seis anos na presidência da Febraban, é que, muito ao contrário, taxas de juros elevadas, vindo da taxa básica da economia ou spread bancário elevado, fazem com que o ambiente de crédito seja pior, que o ambiente de negócios seja pior, quanto mais elevado o spread, mais elevado os juros bancários, pior, portanto, o ambiente para o mercado de crédito", comentou ele.

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Quanto maior forem as taxas de juros, maior será o nível de endividamento das empresas, das famílias,o comprometimento de renda, o risco de inadimplência, o risco de crédito e, portanto, maior o volume de provisões e custos das instâncias financeiras, disse Sidney. E isso retroalimenta o processo de taxa de juros, defendeu.

Segundo o presidente da Febraban, há hoje um estoque de crédito da ordem de quase R$ 7 trilhões. Destes, de R$ 4,1 a R$ 4,2 trilhões dizem respeito a crédito para as famílias, e o restante representa empréstimos para as empresas.

Quando a taxa média de juros é analisada, disse Sidney, "decompomos os Índice do Custo do Crédito (ICC) do Banco Central, identificamos algumas causas que fazem com que essas taxas de juros sejam elevadas. Esse ICC está em torno de 31, 32% ao ano. É como se fosse a taxa média de juros de todas as linhas de crédito. E é importante identificar o que é que compõe essa taxa média de juros. Quando a gente pega esses 31, 32%, algo como quase 40% do ICC é custo de captação", destacou.

O custo de captação leva em conta uma série de variáveis, como custo de funding, a própria taxa de juro e a inadimplência, explicou o presidente da Febraban.

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