Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

Ibovespa retoma nível de 160 mil, com alta em torno de 1% na sessão e na semana

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O Ibovespa retomou nesta sexta-feira, 12, em fechamento a linha de 160 mil pontos, após ter mergulhado do recorde intradia de 165 mil pontos para encerramento a 157 mil ao longo da sexta anterior. Assim, na semana que chega ao fim, teve recuperação de 2,16%, voltando a ficar positivo no mês, em alta de 1,07%. No ano, o índice da B3 sobe 33,66%, de novo acima do desempenho acumulado em 2019 (+31,58%), a caminho ainda da maior ganho desde 2016, quando avançou quase 39%.

Entre a mínima e a máxima desta sexta, oscilou dos 159.189,10, correspondente ao nível de abertura, até os 161.263,40 pontos, com giro a R$ 23,2 bilhões na sessão. No fechamento, marcava alta de 0,99%, aos 160.766,37 pontos, ganhando fôlego ao longo da tarde, na contramão de desempenho negativo dos índices de ações em Nova York, onde as perdas do dia ficaram entre 0,51% (Dow Jones) e 1,69% (Nasdaq), ainda em torno dos temores sobre a bolha na IA.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

O ganho de fôlego do Ibovespa à tarde, em dia de poucos vetores para os negócios, acompanhou a notícia de que os Estados Unidos suspenderam as restrições que haviam sido impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e esposa, no âmbito da Lei Magnitsky. A notícia reforça a percepção de que a relação Brasil-Estados Unidos segue em recuperação.

Assim, Vale ON, a principal ação do Ibovespa, moderou as perdas e fechou a sessão perto da estabilidade (-0,06%), e as ações de bancos receberam impulso, embora moderado no fechamento, com destaque ainda para o estatal Banco do Brasil (ON +0,60%) e, em especial, para o principal papel do setor financeiro, Itaú (PN +0,89%), e Bradesco (ON +1,20%, PN +0,65%). Santander Unit destoou ao fim (-0,09%).

Petrobras ON e PN subiram, pela ordem, 1,22% e 1,06%. Com a melhora nas blue chips, o Ibovespa se firmou além dos 160 mil pontos, no meio da tarde, acentuando a retomada, em alta pelo terceiro dia, e na contramão de etapa vespertina ainda bem negativa em Nova York. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Hapvida (+5,45%), Assaí (+4,19%) e Vivara (+3,45%). No lado oposto, Cosan (-2,18%), Minerva (-1,79%) e Raízen (-1,16%). Na semana, o Ibovespa colheu apenas um leve revés, na terça-feira (-0,13%), sem que o índice aguçasse a correção da última sexta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Nesta semana, o mercado buscou se recuperar da última sexta-feira, mas longe de apagar as perdas daquilo que talvez fique conhecido como 'Flávio Day'", diz Felipe Cima, analista da Manchester Investimentos, acrescentando que a manutenção, ou não, da pré-candidatura mal recebida pelo mercado tende a permanecer como pergunta em aberto até o Carnaval.

"A ideia que se tem, no momento, é de que Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, não concorre à Presidência se não for ungido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro", observa o analista, em referência ao nome preferido do mercado, em razão da visão de que teria compromisso maior do que qualquer outro candidato com um ajuste fiscal já em 2027, se vier a disputar e vencer a eleição de 2026.

"Sondagens eleitorais mostrando ganho de tração de candidaturas de centro-direita, com destaque para o governador Tarcísio de Freitas, também reforçam o modesto otimismo com o mercado local", aponta Bruno Perri, economista-chefe, estrategista e sócio-fundador da Forum Investimentos. Ele destaca a pesquisa Futura/APEX, com possibilidade de vitória de Tarcísio no segundo turno. "E o comentário de Michelle Bolsonaro, de que aceitaria ser vice do governador paulista no pleito presidencial em 2026, o que deu algum fôlego uma semana após o 'Flávios Day'", acrescenta Perri.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde o intervalo iniciado na semana de 17 de novembro, há quase um mês, o Ibovespa tem alternado ganhos e perdas semanais. Cada recuo semanal, contudo, tem sido mais do que compensado pela variação posterior, mantendo o viés positivo para o índice, que vem de recorde de fechamento mais recente na casa de 164 mil pontos, em 4 de dezembro - ou seja, o dia anterior à correção de 4,31% suscitada, na última sexta-feira, pela pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência da República em 2026.

"Dia negativo em Nova York com piora também na Europa, mas aqui o Ibovespa resistiu, com destaque para o setor de varejo e consumo na sessão, em dia não tão bom para parte do setor de commodities", diz Bruna Centeno, economista e advisor na Blue3 Investimentos. "Recuperação da tarde contou com apoio também das ações do setor financeiro, com alívio das tensões entre Brasil e Estados Unidos, após a decisão de revogar o enquadramento de Moraes na Magnitsky", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

Depois da recuperação desta semana, o mercado segue otimista sobre o desempenho das ações no curtíssimo prazo no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, 60% acreditam que o Ibovespa terá alta na próxima semana, enquanto 20% esperam queda e outros 20%, estabilidade. Na edição anterior, o quadro era binário, com 50% de expectativas de alta e 50%, estabilidade, sem respostas indicando baixa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Mesmo com o ano quase acabando, a última semana antes das festas promete novidades importantes. Nos EUA, teremos a leitura atrasada do payroll (mercado de trabalho) e o CPI (inflação), ambos de novembro, previstos para os dias 16 e 18. Essas leituras ganham ainda mais peso depois que Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, reforçou que o comitê está em 'modo de espera', com decisões condicionadas à evolução dos indicadores econômicos", diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline