A alta de 0,66% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em setembro foi decorrente de elevações em 17 das 24 atividades pesquisadas, segundo os dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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O aumento de 3,70% nos preços dos alimentos exerceram a principal pressão sobre a inflação da indústria no mês, uma contribuição e 0,90 ponto porcentual. Foi o sexto mês seguido de altas nos alimentos, acumulando um avanço de 7,54% no ano.
"Essa dinâmica da indústria de alimentos pode ser explicada pela alta de preços da carne bovina e do açúcar VHP. No caso da carne, houve redução da área de pastagem devido à seca e às queimadas dos últimos meses, acarretando diminuição da oferta de insumos para cadeias produtivas, como a da carne bovina e a do leite. O açúcar VHP, por sua vez, está inserido no contexto de um movimento sazonal. O principal período de colheita do produto está terminando. Além disso, a produção está enfrentando situações climáticas adversas que provocam uma menor oferta de cana para processamento", justificou Felipe Câmara, analista do IPP no IBGE, em nota oficial.
A taxa do IPP em setembro não foi mais aguda por conta das quedas nos preços das indústrias extrativas (-5,85% e impacto de -0,27 ponto porcentual), refino de petróleo e biocombustíveis (-1,27% e -0,13 p.p.) e papel de celulose (-2,99% e -0,10 p.p.).
"O desempenho das indústrias extrativas reflete de forma mais imediata a dinâmica da cotação do preço internacional do petróleo e do minério de ferro. Trata-se de um contexto no qual existe um equilíbrio confortável entre oferta e demanda", explicou Câmara.
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