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Haddad nega controle sobre dividendos de multinacionais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo não planeja adotar medidas mais rígidas de controle sobre dividendos como retaliação aos Estados Unidos, caso não avancem as negociações bilaterais sobre o tarifaço de 50% aplicado a produtos bra

Giordanna Neves, Vera Rosa, Isadora Duarte e Célia Froufe (via Agência Estado)

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Escrito por Giordanna Neves, Vera Rosa, Isadora Duarte e Célia Froufe (via Agência Estado)
Publicado em 21.07.2025, 08:10:00 Editado em 21.07.2025, 08:18:58
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que o governo não planeja adotar medidas mais rígidas de controle sobre dividendos como retaliação aos Estados Unidos, caso não avancem as negociações bilaterais sobre o tarifaço de 50% aplicado a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

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Apesar da negativa de Haddad, o Estadão/Broadcast apurou com ministros e pessoas que acompanham as tratativas para reverter as sanções impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que uma maior fiscalização das remessas de dividendos por multinacionais americanas instaladas no Brasil é uma das possibilidades sob análise.

Há, porém, divergências no comitê interministerial que cuida das negociações sobre qual deve ser o tom da resposta aos EUA se as tratativas não prosperarem. "O governo brasileiro não cogita essa medida", disse Haddad ao Estadão/Broadcast.

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Na avaliação de integrantes da equipe econômica, prevalece o entendimento de que não se pode punir uma empresa por um movimento de natureza estritamente política. Na prática, a Fazenda teme que uma resposta desse tipo afugente investimentos.

Soberania

Uma ala do governo, no entanto, observa que não se pode aceitar qualquer iniciativa por parte de Trump sem mostrar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai defender até o fim a soberania nacional.

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O Planalto espera medidas ainda mais duras contra o Brasil por parte dos EUA, depois que uma operação da Polícia Federal alvejou Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, obrigando-o a usar tornozeleira eletrônica.

O comitê interministerial que discute o tarifaço é coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Na sexta-feira (18) à noite, Alckmin afirmou que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a respeito de Bolsonaro "não pode e não deve" afetar as negociações comerciais. "A separação dos Poderes é a base do Estado, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Os poderes são independentes. Não há relação entre uma questão política ou jurídica e a tarifária."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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