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Haddad: EUA têm perdido espaço na economia brasileira, mas Brasil quer ampliar parcerias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Estados Unidos têm perdido espaço na economia brasileira nos últimos anos, mas defendeu que o Brasil quer ampliar as parcerias com aquele país. "Nós temos que administrar uma situação incomum. É um gest

Flávia Said (via Agência Estado)

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Escrito por Flávia Said (via Agência Estado)
Publicado em 01.08.2025, 11:35:00 Editado em 01.08.2025, 11:45:14
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os Estados Unidos têm perdido espaço na economia brasileira nos últimos anos, mas defendeu que o Brasil quer ampliar as parcerias com aquele país. "Nós temos que administrar uma situação incomum. É um gesto do presidente americano que, por razões conhecidas, divulgadas por vocês, tem recebido da parte da oposição - especificamente do Bolsonaro - informações equivocadas sobre o Brasil", começou o ministro. Em seguida, ele disse que é preciso "dissipar essa desinformação e trazer o debate para a racionalidade em busca da cooperação".

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"Os Estados Unidos têm perdido espaço na economia brasileira. Eles representavam 25% das nossas exportações. Hoje, representam menos da metade. Isso não é bom, porque é a maior economia do mundo", pontuou Haddad.

Ele sustentou que na administração do ex-presidente dos EUA Joe Biden, o governo brasileiro fez "o possível" para atrair mais investimentos americanos.

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"Mostramos os vários setores que pudemos cooperar. Nós continuamos pensando da mesma maneira. Embora tenha havido uma troca de comando lá, o nosso objetivo, enquanto Estado nacional, continua sendo o mesmo: mais parcerias com os Estados Unidos. Nós não vamos mudar, porque agora tem um presidente menos alinhado com a social democrática brasileira", completou Haddad. "Há muito espaço para parcerias, muito espaço. E é sobre isso que nós temos que jogar luz. Mostrar para eles que não tem essa de o Brasil cair no colo de A, B ou C", disse, defendendo um estreitamento dos laços de cooperação entre Brasil e EUA, "desde que seja bom para os dois lados".

Apesar da concorrência com produtos norte-americanos em alguns setores, o ministro citou o espaço para complementaridade. "Eles americanos têm participado pouco de licitações no Brasil. A nossa infraestrutura está crescendo como há muito tempo não se via", exemplificou.

Contatos com Scott Bessent

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Haddad disse também que tem mantido contato contínuo com a assessoria do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e que está à disposição para se reunir com o norte-americano. "Desde que ele (Bessent) estava na Europa, nós estamos praticamente entrando em contato dia sim e dia não com a assessoria dele, nos colocando à disposição. Ele é uma figura central, porque a secretaria dele, que é o ministério, na verdade, também tem uma dimensão política importante", afirmou.

O ministro pontuou que há alguns aspectos da decisão do presidente Donald Trump que resvalam na política. "E o Scott Bassett é alguém que pode ajudar a mediar o entendimento", defendeu Haddad.

O auxiliar do presidente Lula afirmou também que é preciso haver compreensão por parte do governo norte-americano de como funcionam as instituições brasileiras e de quais são os limites que o Poder Executivo tem, do ponto de vista constitucional e do ponto de vista da harmonia dos poderes. "Isso tudo precisa ser compreendido pelo lado de lá, porque senão passa uma impressão equivocada do que está acontecendo."

Perguntado se uma reunião com Bessent pode ocorrer antes do dia 6 de agosto, data prevista para entrada em vigor das tarifas dos EUA a produtos brasileiros, Haddad respondeu: "Não depende de mim, eu estou disponível a todo tempo, sábado, domingo, de madrugada."

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