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Galípolo diz estar 'tranquilo' por estar perseguindo a meta: 'Esse é o papel do BC'

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou nesta terça-feira, 8, o compromisso de fazer a inflação convergir ao centro da meta, de 3%. Em palestra durante evento da Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE), na capital federal, ele negou

Cícero Cotrim (via Agência Estado)

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Escrito por Cícero Cotrim (via Agência Estado)
Publicado em 08.07.2025, 14:57:00 Editado em 08.07.2025, 15:05:23
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reiterou nesta terça-feira, 8, o compromisso de fazer a inflação convergir ao centro da meta, de 3%. Em palestra durante evento da Frente Parlamentar de Empreendedorismo (FPE), na capital federal, ele negou a possibilidade de mirar o intervalo superior do alvo, de 4,5%.

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"A meta é 3%: eu não recebi uma sugestão ou um conselho, há um decreto que definiu que a meta é 3%", disse Galípolo. "O intervalo é para absorver choques temporários externos, exógenos. Um choque de oferta, um choque cambial, tem um buffer para absorver aquele choque. Mas não é uma leniência."

Respondendo a perguntas de associações e parlamentares, Galípolo lembrou que o BC não tem como meta um nível para a taxa de juros, mas sim a convergência da inflação. Ele repetiu diversas vezes que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem o compromisso de atingir a meta, sem tergiversar.

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"Eu tenho plena consciência de que, ao colocar a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e meus colegas do Copom vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025. Mas eu durmo muito tranquilo sabendo que o que eu estou fazendo é cumprir a meta e perseguir a meta", afirmou.

Ele lembrou que deve ter o "infeliz recorde" de ser o primeiro presidente do BC a escrever, em seis meses, duas cartas para justificar o descumprimento do alvo. Isso porque, em 2024, o IPCA ficou acima da meta. A partir deste ano, o alvo passou a ser contínuo, apurado com base na inflação acumulada em 12 meses - que deve voltar a superar o teto em junho.

Nomes do Copom X arcabouço da política monetária

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Na mesma ocasião, Galípolo defendeu a importância de fortalecer a institucionalidade da autoridade monetária. Para o banqueiro central, o fato de o mercado ver a possibilidade de alguns membros do Comitê de Política Monetária (Copom) não perseguirem o centro da meta reflete uma "flacidez institucional".

"A ideia de que, a depender de quem eu coloquei lá no BC, ele pode perseguir mais ou menos a meta, que tem uma meta que a gente passou para você, mas também não é que você persegue ela de verdade, sugere uma flacidez institucional que me preocupa muito", disse Galípolo, durante palestra em um evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), em Brasília.

As falas ocorreram enquanto o banqueiro central garantia que o Copom persegue o centro da meta, de 3%, e não o teto, de 4,5%. Durante sua palestra, Galípolo repetiu que o BC não tem, e nem deveria ter, autonomia para "interpretar" o decreto que estabeleceu o alvo para o IPCA.

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No mercado, há ressalvas em relação ao nome de Galípolo, que foi indicado ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, crítico do nível dos juros.

"Eu realmente vou ficar muito feliz no dia que, para quem investe no Brasil, para quem aplica no Brasil, para quem abre negócios no Brasil, importarem menos os nomes dos diretores do Copom, e importar mais qual é o arcabouço institucional da política monetária", afirmou.

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