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Espera por corte de juro na semana nos EUA e em algum momento do ano no Brasil puxam Bolsa

As expectativas de corte de juros nos Estados Unidos na quarta-feira, 17, e em algum momento deste ano no Brasil estimula alta do Ibovespa no início do pregão desta segunda-feira, 15. Além disso, a elevação do petróleo e da maioria das bolsas internaciona

Maria Regina Silva (via Agência Estado)

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Escrito por Maria Regina Silva (via Agência Estado)
Publicado em 15.09.2025, 11:19:00 Editado em 15.09.2025, 11:23:05
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As expectativas de corte de juros nos Estados Unidos na quarta-feira, 17, e em algum momento deste ano no Brasil estimula alta do Ibovespa no início do pregão desta segunda-feira, 15. Além disso, a elevação do petróleo e da maioria das bolsas internacionais no período da manhã amparam este cenário. Contudo, o recuo de 0,31% do minério de ferro hoje em Dalian, na China, onde há sinais de enfraquecimento econômico, e riscos políticos podem limitar um avanço ou mesmo levar o Índice Bovespa a uma queda.

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À espera da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), os indicadores de ações do ocidente avançam, enquanto os rendimentos dos Treasuries caem e atingem os juros futuros brasileiros, que ainda refletem o recuo de 0,53% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho - mais intenso que o da mediana das estimativas, de -0,30%.

O resultado do IBC-Br não tende a influenciar as apostas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, mas pode mexer nas estimativas para o ciclo de baixa, quem sabe ainda em 2025. Ao mesmo tempo, houve alívio em algumas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no relatório Focus divulgado hoje pelo BC.

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A mediana para a inflação suavizada nos próximos 12 meses passou de 4,45% para 4,43%. Para 2025, caiu de 4,85% para 4,83%, ainda acima do teto da meta (4,50%). Já a estimativa para a inflação de 2027 passou de 3,93% para 3,90%. "Pela primeira vez, vimos a projeção da Selic caindo para 2026 - de 12,50% para 12,38% ao ano - e IPCA caindo em 2027, que 'o horizonte relevante de política monetária, em semana de Super Quarta", diz Bruna Sene, analista de renda variável da Rico. Para 2025, a projeção para a Selic seguiu em 15% ao ano, estimativa também esperada para a decisão do Copom na quarta-feira.

"Petróleo e bolsas nos Estados Unidos e na Europa em alta são fatores positivos ao Ibovespa", pontua Bruna Sene. "Ainda do lado positivo, o recuo mais forte do IBC-Br acende uma luz quanto ao início de queda da Selic, que pode ser ainda em 2025", acrescenta a analista da Rico.

Ainda fica no foco a possibilidade de retaliação do governo norte-americano contra o Brasil, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira por tentar dar um golpe de Estado após perder as eleições de 2022. Neste sentido, ainda fica no radar o alerta da Moody's, de que bancos brasileiros estão sob ameaça de medidas que poderiam interromper operações transfronteiriças e afetar a confiança dos investidores. Também está no radar o debate sobre a pauta da anistia, que pode avançar no Congresso.

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No exterior a agenda hoje é esvaziada. Além da decisão do Fed, ficam no foco as definições sobre juros na China, Japão, Canadá e África do Sul nos próximos dias. Para a decisão do Fed desta quarta-feira, espera-se recuo de 0,25 ponto porcentual nas taxas, embora o presidente dos EUA, Donald Trump, venha pressionando o Fed por mais. No fim de semana, o republicano disse que a expectativa é de "um grande corte". Trump também renovou ontem pedido de emergência para que um tribunal de apelações dos EUA permita a demissão da diretora Lisa Cook, diretora do Fed.

Na sexta-feira, o Ibovespa fechou com queda de 0,61%, aos 142.271,58 pontos.

Às 11h01 desta segunda-feira, o Índice Bovespa tinha alta de 0,62%, aos 143.124,26 pontos, ante elevação de 0,66%, na máxima a 143.209,95 pontos, depois de abrir na mínima a 142.292,21 pontos (alta de 0,01%).

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"Há espaço para novas altas do Ibovespa até bater os147 mil pontos. As commodities agrícolas e o petróleo podem ajudar em alta hoje", avalia Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.

Petrobras caía em torno de 0,10%, apesar do avanço em torno de 1% do petróleo. No noticiário sobre a estatal, a empresa concluiu a aquisição de 27,5% de participação no bloco exploratório 4, localizado em São Tomé e Príncipe, na África. Com essa compra, a estatal passa a integrar o consórcio do bloco. Prio (0,24%) e Petrorecôncavo (0,23%) subiam.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, Vale avançava 0,33%; só CSN e Usiminas cediam moderadamente. No caso de grandes bancos, BB era o único a cair: 1,03%. Já ações mais sensíveis ao ciclo econômico se destacavam em alta, caso de Yduqs (5,95%) e Cogna (4,79%).

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