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Entre recuo do IBC-Br e alta do dólar, taxas de juros curtas encerram o dia de lado

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Em queda já pouco pronunciada com dados de atividade ligeiramente mais fracos do que o esperado e melhora das expectativas inflacionárias, os vencimentos curtos da curva a termo inverteram o sinal e passaram a andar de lado no meio da tarde, alinhados à virada de sinal do dólar à vista. O vértice de janeiro de 2027 registrou máximas intradia ao mesmo tempo em que a divisa americana atingia seu ápice no pregão. Agentes também afirmam que dúvidas sobre a continuidade de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) no ano que vem afetaram a dinâmica dos trechos mais correlacionados à política monetária.

Por outro lado, os vértices intermediários e longos da curva seguiram em baixa, ainda devolvendo os efeitos do estresse causado após o anúncio da pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência em 2026. Mas nesta segunda-feira, 15, o cenário político não pode ser considerado um grande fator de alívio aos DIs: o relator do projeto de lei (PL) da Dosimetria no Senado, Esperidião Amin (PP-SC), afirmou nesta segunda que a proposta, da forma como está, não teria suporte suficiente para ser aprovada na Casa. O projeto que beneficia condenados pela trama golpista é tido como moeda de troca para Flávio desistir da disputa presidencial, dando maior envergadura ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

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Em uma sessão com liquidez reduzida e condutores tanto de baixa quanto de ascensão, o saldo final foi de perda de inclinação da curva a termo e variação discreta das taxas. Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 oscilou de 13,642% no ajuste anterior para 13,635%. O DI para janeiro de 2029 passou de 13,012% no ajuste precedente para 12,98%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,255%, de 13,296% no ajuste.

Mesmo antes de o dólar passar a operar em alta, Gustavo Okuyama, head de renda fixa da Porto Asset, observa que os investidores ficaram atentos a declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que não chegaram a mudar apostas de continuidade de cortes no próximo ano, mas aumentaram incertezas sobre os próximos passos do banco central americano.

Em publicação no seu LinkedIn, a presidente da distrital de Boston, Susan Collins, afirmou que ainda está preocupada com a persistência inflacionária nos EUA, depois de cinco anos de preços elevados no país. Segundo Collins, seria necessário maior clareza sobre o quadro de inflação antes de ajustar mais os juros. Já o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que, por mais que o mercado de trabalho esteja "claramente arrefecendo", o desaquecimento é gradual.

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"A mensagem de Williams foi dura, de que riscos para o mercado de trabalho e atividade estão balanceados, e vimos reversão nos juros lá fora, o que foi acompanhado tanto pelo real quanto pelos DIs", disse Okuyama. Tiago Hansen, diretor de gestão e economista da Alphwave Capital, concorda que o gatilho para a leve piora na segunda etapa do pregão veio de fora. "O dólar ajudou nesse movimento, mas nosso entendimento é de algo externo. Os ativos de risco começaram a piorar globalmente a partir do meio do dia", apontou.

Por aqui, divulgado mais cedo, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) frustrou levemente as expectativas, ao recuar 0,25% em outubro ante setembro, feitos os ajustes sazonais. A mediana do Projeções Broadcast indicava alta de 0,10% no período. Após o dado, o consenso de projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre caiu de expansão de 0,1% para estabilidade, na comparação com pesquisa de 4 de dezembro. A reação da parte curta da curva ao indicador do BC, que funciona como um termômetro mensal para o PIB do IBGE, foi moderada.

"O IBC-Br deu um tom positivo para o dia, mas não foi um 'game changer'. A queda no mês pode ter ponderações por causa dos casos de metanol nas bebidas, que atrapalhou a produção industrial e o setor de serviços, mas de forma geral, os dados estão desacelerando em linha com o esperado", diz Okuyama, da Porto Asset.

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Ainda no campo dos indicadores, o boletim Focus mostrou redução nas projeções de inflação para 2025 e 2026 (4,40% para 4,36% e 4,16% para 4,10%, respectivamente), e manutenção nos horizontes de 2027 (3,80%) e 2028 (3,50%). Já o consenso de mercado para a Selic ao final de 2026 passou de 12,25% a 12,13% entre a semana passada e a atual. Agora, o mercado aguarda a divulgação, nesta terça, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

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