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Dólar vai a R$ 5,42 com piora de divisas emergentes e fluxo

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Após recuar pela manhã em sintonia com o ambiente global, o dólar ganhou força ao longo da tarde e encerrou a sessão desta segunda-feira, 15, em alta moderada, na casa de R$ 5,42. Operadores atribuíram a depreciação do real a uma eventual saída de recursos no segmento à vista, em movimento típico de fim de ano, quando há aumento das remessas de lucros e dividendos ao exterior.

A alta do dólar à tarde por aqui também pode estar ligada ao movimento externo de fortalecimento da moeda em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em dia de baixa do petróleo. A valorização do iene com a perspectiva de alta de juros no Japão nesta semana pode ter desencadeado ajustes em operações de carry trade com divisas latino-americanas. O peso chileno tombou mais de cerca de 1% após a eleição do conservador José Antonio Kast nas eleições presidenciais.

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Com mínima de R$ 5,3812 e máxima de R$ 5,4258, o dólar à vista encerrou o pregão em alta de 0,21%, a R$ 5,4219. A moeda americana acumula valorização de 1,63% em dezembro, após recuo de 0,85% em novembro. No ano, apresenta perdas de 12,27%. Peso mexicano e colombiano passaram a exibir nas últimas semanas desempenho superior ao do real em 2025.

O economista sênior do Banco Inter, André Valério, observa que o ambiente externo é de dólar marginalmente mais fraco, com a perspectiva de que o Federal Reserve, "cada vez mais focado no mercado de trabalho", continue a cortar os juros em 2026. Amanhã, sai o relatório oficial de emprego (payroll) referente a novembro nos EUA, cuja divulgação foi postergada em razão do shutdown de 43 dias do governo americano.

"Por aqui, o movimento de fluxo de saída de dólares típico de fim de ano tem contribuído para manter o câmbio rondando os R$ 5,40, com o cupom cambial de curto prazo pressionado", afirma Valério. "Não espero um episódio de desvalorização causado por esse fluxo como visto no ano passado. A expectativa é que o câmbio oscile ao redor de R$ 5,40 até o fim do ano".

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O gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, também observa pressão compradora no segmento spot para remessas ao exterior. Ele ressalta que tanto a liquidez quanto a disponibilidade de moeda estão mais enxutas, uma vez que as empresas exportadoras já internalizaram recursos para compromissos locais no fim do ano.

"Talvez nos próximos dias o BC atue para dar liquidez ao mercado com leilão de linha ou até venda de dólar à vista", afirma Galhardo, acrescentando que, além da pressão sazonal, o real pode ter seu apelo pontualmente reduzido se houver alta de juros no Japão. "Pode ser que reduza um pouco o apetite por carry trade neste fim do ano".

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY rondava a estabilidade no fim da tarde, ao redor dos 98,300 pontos, após mínima aos 98,136 pontos pela manhã. As taxas dos Treasuries de 2 anos - mais ligadas à expectativa para a política monetária - recuavam pouco mais de 0,40, na casa de 3,50%.

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Indicado por Donald Trump, o diretor do Fed Stephen Miran, que votou por corte de 50 pontos-base na reunião da semana passada, quando houve redução de 25 pontos na taxa básica americana, voltou a defender novos cortes nos juros. O presidente da distrital de Nova York, John Williams, disse que a política monetária migrou de uma postura modestamente restritiva para uma posição neutra - e está "bem posicionada" para o início de 2026.

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