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Dólar fecha em leve alta com exterior na expectativa por discurso de presidente do Fed

Após trocas de sinal ao longo do pregão, o dólar à vista fechou em ligeira alta nesta quinta-feira, 21, dia marcado por valorização global da moeda americana. Dados de atividade acima do esperado nos Estados Unidos e o tom cauteloso de dirigentes do Feder

Antonio Perez (via Agência Estado)

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Escrito por Antonio Perez (via Agência Estado)
Publicado em 21.08.2025, 17:44:00 Editado em 21.08.2025, 17:49:56
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Após trocas de sinal ao longo do pregão, o dólar à vista fechou em ligeira alta nesta quinta-feira, 21, dia marcado por valorização global da moeda americana. Dados de atividade acima do esperado nos Estados Unidos e o tom cauteloso de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduziram as chances de corte de juros em setembro.

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Investidores aguardam agora o discurso do presidente do Banco Central dos EUA, Jerome Powell, na sexta-feira, 22, no Simpósio de Jackson Hole, para calibrar suas apostas sobre a magnitude do alívio monetário esperado até o fim do ano.

Operadores afirmam que o real tenta se acomodar após o tombo recente com o aumento das tensões entre EUA e Brasil, envolvendo sanções norte-americanas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira, 19, a moeda superou R$ 5,50 pela primeira vez desde o início de agosto.

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Parte da depreciação do real ao longo desta semana é atribuída também à melhora da avaliação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quinta mostrou o petista à frente de todos os candidatos da oposição na corrida eleitoral de 2026.

Com mínima de R$ 5,4665 e máxima de R$ 5,4955, ambas pela manhã, o dólar à vista fechou a R$ 5,4791 (+0,11%). Na semana, acumula alta de 1,50%, o que reduz as perdas em agosto, que chegaram a superar 3%, a 2,17%. No ano, a divisa cai 11,34% frente ao real.

O clima de cautela dominou os negócios e deprimiu a liquidez, o que deixou a formação da taxa de câmbio mais sujeita a transações pontuais e ajuda a explicar o vaivém da moeda ao longo do dia, observam operadores.

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O head de banking da EQI Investimentos, Alexandre Viotto, afirma que parece ter passado o momento de mais estresse provocado pelas tensões EUA-Brasil. O ponto crítico foram as dúvidas sobre a aplicação das sanções dos EUA a Moraes por bancos locais, após o ministro Flávio Dino, do STF, decidir que leis estrangeiras só têm validade em território nacional após homologação da Justiça brasileira.

"Tivemos um momento de pânico no mercado, com queda muito forte das ações de bancos e alta do dólar. Mas parece que já há uma acomodação com declarações de banqueiros e algumas medidas", diz Viotto, em referência à decisão do Banco do Brasil de bloquear cartão de crédito de bandeira americana de Alexandre de Moraes.

Termômetro do comportamento do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes, o Dollar Index (DXY) subia cerca de 0,45% no fim da tarde, ao redor de 98,650 pontos, após máxima de 98,684 pontos. O DXY acumula alta de mais de 0,80% na semana e recua cerca de 1,40% no mês.

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Pela manhã, o presidente do Fed de Kansas City, Jeff Schmid, disse ser apropriado manter uma política monetária "modestamente restritiva". À tarde, a presidente da distrital de Cleveland, Beth Hammack, afirmou que, com os indicadores já disponíveis, não cortaria os juros no mês que vem.

Ferramenta de monitoramento do CME Group mostrou que as chances de alívio monetário em setembro caíram da faixa de 82% na quarta-feira para pouco mais de 70% nesta quinta. Na semana passada, alcançavam quase 100%.

"Temos alertado clientes faz algum tempo que há pouco espaço para redução dos juros americanos em setembro. As declarações de membros do Fed hoje vão nesse sentido e levaram a esse fortalecimento do dólar no exterior", diz Viotto, da EQI Investimentos.

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