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Dólar cai após subir 1,50% na semana, de olho em Treasuries longos antes de Powell

O dólar opera em baixa leve no mercado à vista nesta sexta-feira, 22, e os juros futuros acompanham, em manhã de recuo dos rendimentos intermediários e longos dos Treasuries, após altas na véspera. Os ajustes antecedem o aguardado discurso do presidente d

Silvana Rocha (via Agência Estado)

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Escrito por Silvana Rocha (via Agência Estado)
Publicado em 22.08.2025, 09:44:00 Editado em 22.08.2025, 09:56:44
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O dólar opera em baixa leve no mercado à vista nesta sexta-feira, 22, e os juros futuros acompanham, em manhã de recuo dos rendimentos intermediários e longos dos Treasuries, após altas na véspera. Os ajustes antecedem o aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, às 11h.

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A postura de Powell será decisiva para calibrar as apostas sobre os próximos passos da política monetária e definir um rumo dos ativos financeiros nesta sexta-feira, sem indicadores econômicos.

Apesar das divergências entre dirigentes do Fed, o mercado ainda precifica com mais de 70% de chance uma redução em setembro. No entanto, o clima ainda é de cautela em meio às pressões do presidente dos EUA, Donald Trump, por corte de juros, pela saída de Powell e mais recentemente, pela demissão da diretora Lisa Cook.

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Investidores ajustam posições cambiais após o dólar acumular valorização de 1,50% nesta semana frente ao real e diante da queda da divisa americana frente algumas das principais moedas emergentes, como peso mexicano e rand sul-africano.

No entanto, a combinação de indicadores mistos da economia nos EUA e preocupações com a inflação, especialmente nos serviços e com impacto das tarifas comerciais, sustenta a valorização do dólar frente a outras moedas fortes.

Fixação de taxas de juros

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O Federal Reserve (Fed) se prepara para abandonar discretamente a política adotada em 2020, que priorizava riscos de juros baixos e inflação reduzida em sua abordagem para a fixação de taxas. Agora, com inflação mais alta e volátil, essa abordagem é considerada defasada. O presidente do Fed, Jerome Powell, deve anunciar a mudança no aguardado discurso em Jackson Hole nesta sexta-feira.

No mercado local, o governo federal realiza nesta sexta uma coletiva de imprensa para detalhar as condições financeiras de acesso ao crédito do Plano Brasil Soberano. A entrevista será às 16h, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro (RJ).

O ex-embaixador do Brasil em Washington e Londres Rubens Barbosa afirmou que a redução das tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos depende de um contato direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente americano Donald Trump. Segundo ele, a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros não será revertida apenas com negociações técnicas.

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O risco político segue no radar. No foco à tarde ficará o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes na conferência de encerramento do Fórum Empresarial Lide, no Rio (17h15), diante do receio de uma nova escalada nas tensões com os Estados Unidos, após o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pela Polícia Federal, por coação no curso de processo e tentativa de abolição do estado democrático de direito.

Termina nesta sexta o prazo para que Bolsonaro explique o descumprimento de medidas restritivas. A Polícia Federal começou a preparar uma cela na Superintendência do Distrito Federal para uma eventual ordem de prisão de Bolsonaro.

No exterior, o presidente da China, Xi Jinping, receberá o presidente russo, Vladimir Putin, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e mais de 20 chefes de governo na cúpula da Organização para Cooperação de Xangai (OCX), em Tianjin, entre 31 de agosto e 1º de setembro. Segundo a Reuters, o encontro busca reforçar a influência regional da China em temas políticos e de segurança.

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