Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

Déficit dos EUA não pode servir de pretexto para decisão desequilibrada, critica Haddad

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira, 10, que o déficit comercial crônico dos Estados Unidos com o resto do mundo não pode servir de pretexto para decisões desequilibradas como a tarifa de 50%, anunciada na quarta (9) contra produtos brasileiros.

Conforme o ministro, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é explicada mais por pretensão política da extrema direita, referindo-se a interesses da família Bolsonaro, do que propriamente pela racionalidade econômica, já que o Brasil tem déficit nas trocas de produtos e serviços com a maior economia do mundo.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

"Na minha opinião, não acredito que isso a tarifa possa se manter assim. Não vejo base nenhuma para que isso seja assim", comentou Haddad durante entrevista a jornalistas de cinco veículos: Brasil 247, Carta Capital, Diário do Centro do Mundo, Fórum e TVT News.

Ao abordar as preocupações americanas em relação à proximidade do Brasil com a China, Haddad destacou que os interesses com EUA e Europa são de tamanho equivalente aos que o governo tem com Pequim. Nesse sentido, ressaltou que o Brasil se pauta pelo pragmatismo, de modo que não concede mais ou menos espaço a quem quer que seja, assim como é grande demais para ser "apêndice" de um bloco econômico.

Segundo Haddad, a "narrativa" de que o Brasil tem um mercado fechado tampouco pode ser justificativa às barreiras de Trump pois não tem "aderência à realidade". Ele citou números que mostram que a tarifa efetiva de produtos importados nos Estados Unidos, de 2,7%, é pouco mais da metade da alíquota efetiva de importação no Brasil, de 5,2% considerando todas as compras do exterior.

publicidade

"Ou seja, é um tipo de narrativa que não tem aderência à realidade. Se tivesse, nós deveríamos estar negociando. Mas nem isso, nem isso tem aderência nenhuma aos fatos concretos, aos dados econômicos concretos", comentou Haddad. Ele acrescentou que a posição do Brasil de defender o multilateralismo, que vem sendo atacado por Trump, também não pode ser pretexto para a tarifa anunciada ontem pelo presidente americano.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline