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Crédito deve ter mostrado crescimento de 0,7% em agosto, aponta pesquisa da Febraban

O saldo total da carteira de crédito deve ter crescido 0,7% em agosto, influenciado pela carteira de recursos direcionados, que deve ter avançado 0,9%, segundo Pesquisa Especial de Crédito da Febraban. Com esse resultado, a pesquisa aponta que o ritmo de

Cynthia Decloedt (via Agência Estado)

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Escrito por Cynthia Decloedt (via Agência Estado)
Publicado em 18.09.2025, 10:15:00 Editado em 18.09.2025, 10:28:47
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O saldo total da carteira de crédito deve ter crescido 0,7% em agosto, influenciado pela carteira de recursos direcionados, que deve ter avançado 0,9%, segundo Pesquisa Especial de Crédito da Febraban. Com esse resultado, a pesquisa aponta que o ritmo de expansão anual da carteira deve seguir apontando pequena desaceleração, recuando de 10,7% para 10,3%.

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A pesquisa é divulgada mensalmente como uma prévia da Nota de Crédito do Banco Central. As projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do País. O Banco Central divulgará os números oficiais no próximo dia 29 de setembro.

De acordo com o levantamento, a carteira Pessoa Jurídica Direcionada deve seguir apresentando números fortes, com estimativa de crescimento de 1,2%, se mantendo impulsionada pelos programas governamentais e recursos via BNDES. O resultado deve fazer com que o ritmo de expansão anual da carteira siga acelerando (única a registrar aceleração), de 16,1% para 16,3%, um nível já bastante elevado.

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A carteira Pessoa Física Direcionada também deve ter mostrado expansão no mês, de 0,8%, mas abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado, com o ritmo de expansão em 12 meses desacelerando de 10,7% para 10%. Essa acomodação é explicada especialmente pelo desempenho mais fraco do crédito rural, em decorrência do aumento da inadimplência no setor.

Em relação ao crédito livre, a pesquisa aponta crescimento de 0,5% no mês, mantendo a tendência de perda de fôlego. A carteira Pessoa Física Livre deve ter avançado 0,7% em agosto, mantendo o ritmo de expansão anual praticamente estável, em 12% (ante 12,1%).

Já a carteira Pessoa Jurídica Livre deve dar sequência ao movimento de desaceleração. Com alta esperada de 0,2% em agosto, o ritmo de expansão em 12 meses deve cair de 5,8% para 5,0%, refletindo a política monetária contracionista e a majoração das alíquotas do IOF sobre operações Pessoa Jurídica (exceto risco sacado).

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"No geral, os números de agosto devem reforçar nossa leitura de uma desaceleração mais disseminada do crédito. O crédito livre, que é mais sensível à política monetária, mantém uma trajetória clara de perda de fôlego, especialmente nas operações para empresas, que também sentem os efeitos da majoração recente do IOF", diz o diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban, Rubens Sardenberg.

Segundo ele, para as famílias, o movimento é mais contido, com o ritmo de crescimento ainda elevado, mas sustentado por uma piora na composição da carteira, com maior participação de linhas de maior risco, algo que merece atenção.

"A exceção permanece com o crédito direcionado às empresas, que se mantém impulsionado por programas públicos e recursos do BNDES, alcançando níveis elevados de crescimento e contribuindo para suavizar o movimento de desaceleração do crédito agregado. Ainda assim, estes estímulos não devem ser suficientes para impedir que a carteira total siga perdendo fôlego ao longo do segundo semestre", acrescenta o diretor na nota.

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Concessões

As concessões de crédito devem ter apresentado retração mensal de 4,0% em agosto, de acordo com a pesquisa. Ajustando pelo número de dias úteis, o resultado representa uma expansão de 5,1% na margem. A alta no mês, com ajuste de dias úteis, reflete, principalmente, o forte volume de operações com recursos direcionados (+24,2%).

O levantamento mostra que na comparação com agosto de 2024, que elimina efeitos sazonais, o resultado indica uma alta de apenas 3,3%, ou queda de 1,7% quando também feito o ajuste inflacionário (em termos reais). No mesmo sentido, o ritmo de expansão acumulado em 12 meses deve seguir perdendo força, reduzindo de 12,3% para 11,0%, reforçando os sinais de acomodação do crédito.

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