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Com distribuição de GLP, Petrobras volta a se alinhar a grandes petroleiras globais, afirma FUP

A maioria das grandes companhias de petróleo do mundo, estatais ou privadas, mantém operações no segmento de distribuição, considerado estratégico para garantir equilíbrio financeiro e operacional, segurança de abastecimento e maior controle sobre preços,

Denise Luna (via Agência Estado)

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Escrito por Denise Luna (via Agência Estado)
Publicado em 20.08.2025, 11:33:00 Editado em 20.08.2025, 11:42:03
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A maioria das grandes companhias de petróleo do mundo, estatais ou privadas, mantém operações no segmento de distribuição, considerado estratégico para garantir equilíbrio financeiro e operacional, segurança de abastecimento e maior controle sobre preços, mostra um levantamento feito pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), divulgado nesta quarta-feira, 20, pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

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O estudo mostra que, entre 16 petroleiras analisadas, levando em conta os indicadores de lucro sobre receita e valor de mercado, apenas três - Petrobras, Equinor e QatarEnergy - não estão presentes na distribuição. A FUP defende a volta da estatal para esse mercado, mas ressalta que as amarras contratuais herdadas do governo passado impedem um avanço mais amplo.

"O anúncio da volta da Petrobras ao segmento de distribuição de GLP (gás de cozinha) é um importante passo no resgate de uma empresa integrada e capaz de atuar como instrumento de política pública no Brasil", destaca o diretor do Ineep, Mahatma Ramos.

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A estatal saiu da distribuição em 2019, quando foi concluída a privatização da BR Distribuidora. Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, a ausência da Petrobras na distribuição reduziu a capacidade do País de coordenar o setor e de suavizar os impactos das oscilações internacionais sobre os preços.

Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que entre janeiro de 2023 e abril de 2025, o preço do diesel nas refinarias da Petrobras caiu 23,9%, enquanto a gasolina recuou 2,2% e o gás de cozinha, 17%. No mesmo período, porém, ao consumidor final a gasolina subiu 25,5%, o diesel caiu apenas 2,3% e o gás de cozinha teve redução de somente 0,7%.

"A tendência se repetiu entre janeiro de 2023 e início de agosto de 2025: mesmo com reduções de 6,5% na gasolina, 26,6% no diesel e 6,9% no gás de cozinha nas refinarias, os preços ao consumidor mostraram comportamento distinto. Nesse intervalo, a gasolina aumentou 21,1%, enquanto o diesel e o gás caíram apenas 7,4% e 0,6%, respectivamente", destacou a FUP.

Tanto para o Ineep como para a FUP, a volta da Petrobras à distribuição vai garantir que as reduções feitas nas refinarias cheguem, de fato, ao bolso dos consumidores.

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