Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Economia

publicidade
ECONOMIA

Cármen pede mudança em relatoria de 'filhotes da tese do século'; troca pode beneficiar União

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs a redistribuição da ação que busca encerrar milhares de ações "filhotes" da "tese do século", com impacto bilionário. Ela foi sorteada relatora da ação movida pela Advocacia-Geral da União (AGU) no mês passado - em um revés para o governo, já que ela tem votado contra a União nesses casos.

No despacho publicado na terça-feira, a ministra pediu que a ação seja redistribuída para o ministro Kássio Nunes Marques, relator de ação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) contra a incidência de impostos federais sobre as receitas de subvenções fiscais. O motivo do pedido, segundo Cármen, é que a ação da AGU tem como objeto as mesmas normas questionadas na ação da CNI.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Na "tese do século", julgada em 2017, o Supremo excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins e determinou a devolução de valores cobrados indevidamente dos contribuintes.

A decisão custou centenas de bilhões de reais à União e até hoje é criticada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A ministra Cármen Lúcia foi relatora e votou contra a União. A derrota do governo foi por 6 a 4.

publicidade

Na ação protocolada em setembro, a AGU pede que a Corte reconheça a legalidade da incidência de "tributo sobre tributo" para encerrar milhares de ações movidas na Justiça que buscam reproduzir a mesma lógica da "tese do século". O órgão cita, em especial, três temas que aguardam julgamento na Corte e, juntos, podem causar um impacto de R$ 117,6 bilhões para os cofres públicos.

A estratégia busca zerar o placar de julgamentos que têm cenários mais favoráveis aos contribuintes e aproveitar as mudanças na composição da Corte em favor da União. Nos bastidores, membros da área jurídica do governo dizem que, se a "tese do século" fosse julgada hoje, o resultado seria diferente.

A troca na relatoria, que ainda será avaliada por Fachin, tem o potencial de beneficiar o governo. Isso porque a posição de Cármen a favor de excluir tributos da base de cálculo de outros tributos é conhecida, ao passo que a posição de Kássio, que não votou na "tese do século", não é. Na ocasião, quem votou foi seu antecessor na cadeira, o ministro Celso de Mello.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Economia

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline