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Brics incomoda, diz lula em resposta a Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta segunda-feira, 7, à ameaça do presidente americano, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 10% aos países que se alinharem às "políticas antiamericanas do Brics", alertando ainda que "não haverá

Juliana Galisi, Daniela Amorim, Juliana Garçon, Célia Froufe, Laís Adriana e Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)

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Escrito por Juliana Galisi, Daniela Amorim, Juliana Garçon, Célia Froufe, Laís Adriana e Aline Bronzati, correspondente (via Agência Estado)
Publicado em 07.07.2025, 21:10:00 Editado em 07.07.2025, 21:19:32
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta segunda-feira, 7, à ameaça do presidente americano, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 10% aos países que se alinharem às "políticas antiamericanas do Brics", alertando ainda que "não haverá exceções". Em entrevista durante o encontro do Brics no Rio, Lula disse que o "Brics está incomodando" por propor um modelo "mais solidário" de política internacional.

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"O Brics não nasceu para afrontar ninguém. O Brics quer ser apenas um outro modelo, um outro modo de fazer política. Uma coisa mais solidária", disse Lula, referindo-se às afirmações de Trump, que foram feitas na rede social do republicano, a Truth Social.

Para Lula, o Brics se diferencia do atual arranjo de forças na Organização das Nações Unidas (ONU) por não ser "um clube de privilegiados". "É um conjunto de países querendo criar um outro jeito de organizar o mundo. Do ponto de vista econômico, do desenvolvimento, da relação humana", disse.

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Risco real

Na visão de analistas, porém, o Brasil pode ser impactado pela ameaça de Trump. Segundo eles, ainda que seja um risco é difícil mensurá-lo uma vez que as relações comerciais seguem cobertas de incertezas às vésperas do fim da pausa tarifária de Washington, no fim do mês.

"O Brasil é certamente um dos países do Brics, não um país que eu diria que se posicionou para estar ideologicamente alinhado com a administração Trump. Então, eu diria que é justo dizer que essa ameaça poderia se aplicar ao Brasil", disse o co-chefe de títulos soberanos da América Latina da Fitch Ratings, Todd Martinez, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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Para o analista do banco americano BMO Capital Ian Lyngen, embora postagens em redes sociais não se traduzam em políticas imediatas no caso de Trump, é difícil ignorá-las. Além disso, o fato de o republicano não ter mencionado países específicos ou um cronograma para a adoção da nova tarifa, pode tornar o tabuleiro de negociações comerciais ainda "mais desafiador".

O Brasil foi taxado em 10% pelas tarifas recíprocas de Trump, anunciadas em 2 de abril, que ficou conhecido como o "Dia da Libertação", figurando entre os países menos afetados pelas novas políticas comerciais de Washington. Porém, o republicano anunciou na sequência uma pausa de 90 dias para negociações, mantendo o patamar de 10% para todos os países, o que igualou o Brasil aos demais.

Na imprensa americana, acredita-se que Trump não pretende impor imediatamente a tarifa adicional aos membros do Brics. Contudo, como ele disse em sua publicação, cumprirá a ameaça contra quem adotar medidas consideradas "antiamericanas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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