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Brasil convoca para dia 8 reunião virtual de líderes do Brics em meio a tarifaço de Trump

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O governo brasileiro convocou para a próxima segunda-feira, dia 8, a reunião virtual de líderes do Brics, articulada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em meio ao tarifaço de 50% contra exportações do País aplicado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A data foi definida nos últimos dias, durante consultas diplomáticas aos demais países do grupo dos emergentes. O formato da videoconferência ainda não foi divulgado.

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Em julho, o Brasil rompeu uma prática recente durante a Cúpula de Líderes do Rio e não transmitiu a interação entre chefes de Estado e de governo. Coube a cada país divulgar ou não o conteúdo dos discursos de seus líderes.

Oficialmente, a pauta da reunião não será o tarifaço de Trump em si, mas os presidentes e primeiros-ministros certamente abordarão o tema na sessão de debates por videoconferência.

Segundo integrantes do governo brasileiro, a reunião debaterá a crise do "multilateralismo", as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e a COP30.

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A data agora confirmada era uma tentativa até o fim da semana passada. O governo não descarta que alguns líderes tenham conflito de agenda e possam se fazer representar por seus chanceleres ou algum enviado especial.

Em julho, o grupo emitiu uma declaração apenas indireta sobre o tarifaço. chamado de "ações restritivas" ao comércio. Na ocasião, os líderes dos 11 países evitaram citações aos EUA e a Trump.

Eles afirmaram que o "aumento indiscriminado de tarifas" ameaça reduzir ainda mais o comércio global, interromper as cadeias de suprimentos e introduzir incerteza nas atividades econômicas e comerciais. Defenderam a Organização Mundial do Comércio (OMC) como núcleo de um "sistema multilateral de comércio baseado em regras, aberto, transparente, justo, inclusivo, equitativo, não discriminatório e consensual" e incentivaram expandir as trocas de bens e serviços entre países do grupo.

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"Expressamos sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)", disseram os líderes do Brics.

Isso se deveu à falta de coesão interna do bloco do Sul Global após a expansão de cinco para 11 membros - alguns cultivam mais proximidade com o governo dos EUA - e pelo estágio distinto das negociações comerciais.

Desde então, o tarifaço se agravou contra o Brasil e a Índia, ambos taxados em 50%, o maior patamar de todos.

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Alguns países receberam a tarifa mínima global de 10% (Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Irã e Rússia). A Indonésia fechou com os EUA um acordo em 19%.

Alvo inicial de Trump, a China teve a tarifa reduzida para 30% e entabulou uma negociação ainda em andamento - certas exceções que expirariam em agosto foram agora postergadas para o fim de novembro. A África do Sul sofreu enfrentamentos políticos e foi sobretaxada em 30%.

A aposta do governo brasileiro é que será improvável obter alguma declaração mais dura novamente, uma vez que as decisões no Brics são tomadas por consenso - o que significa obter a concordância de todos os membros.

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Para o governo Lula, a forma como Trump aplicou o tarifaço - dividindo os países e decidindo caso a caso - complicou uma reação uníssona em algum foro multilateral.

Integrantes do governo Lula são céticos sobre as chances de a reunião virtual do dia 8 servir como plataforma para articular uma estratégia comum anti-EUA. Apostam que ela terminará apenas com nova declaração em defesa do multilateralismo.

O Brics ganhou mais legitimidade política com a ampliação dos membros (inclusive aliados de Trump), e agora é preciso administrar mais as diferenças, pondera um embaixador.

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O presidente da China, Xi Jinping, o premiê da Índia, Narendra Modi, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniram em Tianjin para cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai. Na ocasião, o anfitrião chinês se apresentou como alternativa estável de liderança global.

O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, viajou à China a convite do governo comunista para participar ao longo da semana de reuniões e celebrações dos 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.

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