A Câmara Municipal do Rio de Janeiro manteve o veto do prefeito Eduardo Paes (PSD) ao projeto de lei que criava o “Dia da Cegonha Reborn” no calendário oficial da cidade. A proposta, de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), tinha como objetivo homenagear as profissionais que produzem bonecas ultrarrealistas, conhecidas como bebês reborn.
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O veto foi colocado em votação no plenário, mas acabou mantido por falta de maioria absoluta entre os vereadores. A discussão não teve como foco principal o mérito do projeto, mas sim a repercussão nas redes sociais, após Eduardo Paes ironizar o nome da proposta. A declaração do prefeito gerou críticas e piadas, inclusive entre os próprios parlamentares.
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Durante a sessão, o presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD), riu ao anunciar o projeto, acompanhado pelo vereador Felipe Boró (PSD), que também não conteve o riso ao ouvir o título da proposta.
Após a manutenção do veto, Vitor Hugo criticou os colegas que haviam aprovado o projeto na primeira votação, mas voltaram atrás após a repercussão negativa. O vereador afirmou que a proposta tratava apenas de um dia comemorativo, sem gerar custos para o município, e acusou outros parlamentares de oportunismo.
A vereadora Thais Ferreira (PSOL) também saiu em defesa do projeto. Em seu discurso, ela destacou o uso terapêutico das bonecas reborn e lamentou que o debate tenha sido conduzido de forma jocosa, prejudicando uma discussão mais ampla sobre saúde mental e sobrecarga materna.
A repercussão do veto dividiu opiniões nas redes sociais. Enquanto parte do público apoiou o tom de deboche do prefeito, outros saíram em defesa das artesãs reborn, ressaltando o impacto emocional das bonecas na vida de pessoas que enfrentam luto materno, depressão pós-parto e síndrome do ninho vazio.
As bonecas reborn são confeccionadas manualmente, com alto nível de realismo, e são utilizadas em terapias alternativas. O projeto de Vitor Hugo buscava dar visibilidade a essas profissionais, cujo trabalho tem ganhado espaço no Brasil.
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