Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Cotidiano

publicidade
INÉDITO

Tratamento reverte cegueira em pessoas com danos graves nos olhos

Os tratamentos para essa condição geralmente incluem o transplante de células da córnea obtidas de um olho saudável do próprio paciente

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

Tratamento reverte cegueira em pessoas com danos graves nos olhos
AutorExpectativa é de que esse avanço possibilite novos tratamentos para casos complexos - Foto: Pixabay

Pela primeira vez, cientistas conseguiram fazer com que pacientes com danos severos na córnea - parte transparente do olho que cobre a pupila - tivessem a visão restaurada graças a um transplante de células-tronco. O procedimento foi realizado em quatro pessoas, das quais três apresentaram melhora significativa e duradoura, enquanto o paciente com o quadro mais grave teve leve reversão após um ano.

-LEIA MAIS: Policial que salvou vida de bebê em Apucarana é homenageada na Câmara

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Os resultados foram divulgados na revista científica The Lancet deste mês. Os pacientes tratados conviviam com deficiência de células-tronco limbares (LSCD, na sigla em inglês). Quando há falta dessas células, a córnea começa a ser coberta por tecido de cicatrização, perdendo a transparência e levando à cegueira. As razões para o quadro são traumas no olho, infecções como herpes ocular, doenças autoimunes e problemas genéticos

Os tratamentos para essa condição geralmente incluem o transplante de células da córnea obtidas de um olho saudável do próprio paciente. Já quando os dois olhos estão comprometidos, pode-se recorrer a transplantes de córnea de doadores falecidos.

O problema é que, no primeiro caso, os resultados podem ser incertos e é preciso fazer biópsia do tecido do olho saudável, o que é invasivo. No segundo, como explica o oftalmologista Flávio MacCord, diretor da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), há o risco de rejeição pelo sistema imunológico do paciente. Os cientistas, então, usaram uma fonte alternativa de células para transplante: as células-tronco pluripotentes induzidas.

publicidade

Técnica 'revolucionária'

A técnica baseia-se nas pesquisas de Shinya Yamanaka e John Gurdon, ganhadores do Nobel de 2012, que mostraram ser possível induzir células maduras de adultos para estado semelhante ao das células-tronco embrionárias, que podem se transformar em qualquer tipo de célula.

Os cientistas usaram células do sangue de um doador saudável, reprogramaram para um estado embrionário e transformaram em camada fina e transparente de células do revestimento da córnea, que foi transplantada nos pacientes.

publicidade

Além disso, durante a cirurgia, o tecido cicatricial que recobria a córnea danificada foi removido, deixando a superfície pronta para o transplante. "Em seguida, uma camada de células epiteliais (que revestem a superfície) da córnea, cultivadas em laboratório a partir de células-tronco, foi posicionada sobre a área e fixada com costuras finas. Para proteger o enxerto e auxiliar na cicatrização, uma lente de contato terapêutica foi colocada sobre a córnea", detalha MacCord.

"O diferencial desse tratamento é que ele evita a necessidade de doadores compatíveis de acordo, então reduz o risco de rejeição imunológica", diz MacCord.

Segundo o médico, a expectativa é de que esse avanço possibilite novos tratamentos para casos complexos, reduza a dependência de doadores e revolucione o manejo da deficiência de células-tronco.

publicidade

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Cotidiano

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline