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Sensação térmica de 70 °C? Entenda fenômeno por trás de calor extremo

Várias regiões do país estão sob alerta vermelho de grande perigo e podem registrar sensações térmicas elevadas, aponta Inmet

Da Redação

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Fenômeno previsto para ocorrer entre os dias 12 e 21 de fevereiro deve afetar principalmente o Sudeste e o Sul
Icone Camera Foto por Reprodução/TV Vanguarda
Fenômeno previsto para ocorrer entre os dias 12 e 21 de fevereiro deve afetar principalmente o Sudeste e o Sul
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.02.2025, 11:21:56 Editado em 13.02.2025, 13:13:00
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Diversas regiões do Brasil vivem a primeira grande onda de calor de 2025. O fenômeno previsto para ocorrer entre os dias 12 e 21 de fevereiro deve afetar principalmente o Sudeste e o Sul, mas também o Centro-Oeste e Nordeste do país.

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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essas regiões estão sob alerta vermelho de grande perigo, uma vez que os termômetros registraram temperaturas recordes nos últimos dias.

A Organização Meteorológica Mundial informa que esse evento extremo acontece quando as temperaturas máximas diárias ultrapassam em 5 °C ou mais a média mensal durante, no mínimo, cinco dias consecutivos.

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Em entrevista à BBC, a pesquisadora Marina Hirota, professora associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explica que há uma massa de ar quente instalada na região que compreende o Sul do Brasil, o norte da Argentina e partes do Paraguai.

"Essa massa de ar quente acompanha a subida de um ciclone extratropical, que passa muito longe do Brasil nessa época do ano", contextualiza ela.

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O fenômeno climático pode fazer com que a sensação térmica atinja os 70°C, segundo uma projeção baseada em uma tabela usada pelo Núcleo de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP).

Mas, afinal, é possível uma sensação térmica de 70°C? Antes de tudo, é necessário saber que a sensação térmica, também chamada de "índice de calor" ou "fator de resfriamento pelo vento", reflete a temperatura percebida pelo corpo humano. Três fatores são considerados para chegar ao resultado: a temperatura em graus Celsius, a umidade do ar e a velocidade do vento.

Quanto maior a umidade relativa do ar (relação entre a quantidade de vapor de água presente no ar e o volume máximo de vapor que o ar poderia ter naquela temperatura), maior é a sensação térmica, uma vez que a umidade excessiva dificulta evaporação do suor humano. Os ventos ajudam a diminuir essa percepção de calor porque aceleram o processo natural de resfriamento do corpo.

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Ou seja, a sensação térmica não reflete a temperatura real, e sim a forma como o corpo humano percebe a exposição a determinada condição climática. Por exemplo, em uma cidade onde os termômetros batem 38 °C e a umidade do ar é de 60%, a sensação térmica sentida pode ser de 55 °C. Outra cidade, com previsão de 41 °C e umidade de 40%, a sensação pode ser de 53 °C.

Especialistas afirmam que não é impossível a sensação térmica chegar a 70 °C, mas é "extremamente difícil". O professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), Ricardo de Camargo, afirmou em uma entrevista ao Globo Rural que não há indícios de que a sensação térmica poderá chegar a 70°C nesta semana.

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Conforme o profissional, o Núcleo de Climatologia Aplicada da Universidade de São Paulo (USP), ao qual se atribui o dado, está atualmente desativado. "A informação veiculada não partiu do IAG", reitera o professor.

Veja a tabela utilizada:

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							Sensação térmica de 70 °C? Entenda fenômeno por trás de calor extremo
Foto por NOAA
Heat Index (ou Índice de Calor) considera o efeito da umidade sobre a temperatura

Temperaturas elevadas

O Rio Grande do Sul é um dos estados mais afetados pelo calor extremo. Um vídeo feito em Santa Maria, na região central do estado, exibe o quão intensas são as temperaturas no município.

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Imagens que circulam pelas redes sociais exibe cones de trânsito "derretendo" por conta das altas temperaturas.

Em uma nota enviada ao g1, a Prefeitura de Santa Maria confirmou que os itens ficaram deformados por conta da exposição ao sol e ao asfalto quente durante três dias. Os sinalizadores, que são emborrachados, estavam no estacionamento da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade e foram instalados na tarde da última sexta-feira (7).

"Por isso, acabaram ficando flexíveis e cedendo, também por causa de uma corrente que protege o estacionamento", acrescentou a Prefeitura.

Assista:


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Nos dias em que os cones ficaram expostos ao sol escaldante, a temperatura máxima registrada nas estações meteorológicas foi de 37ºC. O recorde no município, em 2025, se deu na terça-feira (11), com marcas chegando aos 40ºC, conforme a Climatempo.

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