Leia a última edição
--°C | Apucarana
Euro
--
Dólar
--

Cotidiano

publicidade
COTIDIANO

SC dispara e SP recua pela 1ª vez como destino de migrantes no Brasil, diz IBGE

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Telegram
Siga-nos Seguir no Google News
Grupos do WhatsApp

Receba notícias no seu Whatsapp Participe dos grupos do TNOnline

O Sudeste vê mais moradores saírem do que entrarem pela primeira vez desde 1991, quando o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou esse tipo de medição. O balanço negativo foi de 121 mil pessoas entre 2017 e 2022, conforme os dados divulgados nesta sexta-feira, 27.

O Sul, por sua vez, registrou a maior diferença positiva entre novos residentes e moradores que deixaram a região (362 mil). Esse aumento no chamado saldo migratório é impulsionado por Santa Catarina, que teve o maior balanço positivo do País, superando São Paulo.

publicidade
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.

Em três décadas, o território paulista também registrou esse movimento inédito: mais gente saiu do que entrou pela primeira vez.

Depois do Sul, o segundo maior saldo migratório é do Centro-Oeste. Já o Nordeste, historicamente terra natal de grandes contingentes de trabalhadores em busca de novas oportunidades, tem queda no ritmo de emigração.

O avanço do agronegócio ajuda a explicar o interesse pelo Sul e pelo Centro-Oeste. Além disso, o reforço desse setor econômico tende a aumentar a oferta de emprego em outras áreas, como no funcionalismo público e no comércio local.

publicidade

Também pesam a possibilidade do trabalho remoto e um movimento de troca de grandes centros urbanos por cidades menores, em busca de mais qualidade de vida. Nas metrópoles, como São Paulo, a insegurança pública e as falhas na mobilidade estão entre as principais queixas.

O Censo revela essas mudanças na origem dos migrantes. Para os empregos na agroindústria e na construção civil em Santa Catarina, por exemplo, os nordestinos eram o principal público vindo de fora.

Agora o Censo revela fluxo forte vindo do Pará, que já responde por quase 9% dos novos moradores. Entre as cidades de mais apelo, estão Joinville e Itajaí.

publicidade

Em muitos casos ganha força um movimento de retorno de nordestinos. "Os migrantes do Sudeste para o Nordeste são fluxos metrópole-interior. Pessoas que saem das metrópoles do Sudeste e vão para o interior, cidades não metropolitanas. Isso está relacionado ao crescimento econômico no Nordeste", diz Luís Magalhães, coordenador adjunto do Observatório das Migrações da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Em Florianópolis e arredores, o misto de belas praias, segurança e entretenimento também atrai nômades digitais e idosos, o que dá à região o apelido de "Flórida brasileira", Estado para onde muitos americanos vão depois da aposentadoria.

Já no Centro-Oeste, a atração é puxada por Goiás (saldo migratório de 186 mil) e por Mato Grosso (saldo de quase 104 mil).

publicidade

A unidade da federação que destoa das demais na região é o Distrito Federal, com mudança expressiva para Goiás - metade das pessoas que emigraram de Brasília no período do Censo, teve o Estado vizinho como destino.

É possível que isso leve á criação de uma região metropolitana próxima ao Distrito Federal, com preços mais baixos de aluguel e menor concentração urbana.

O êxodo do Sudeste é puxado pelo Rio de Janeiro, que teve saldo migratório negativo de 165 mil. Nos últimos anos, a população do Estado tem sido impactada por sucessivos episódios de violência urbana e crises na indústria do petróleo, da qual a economia fluminense é bastante dependente.

publicidade

Gostou da matéria? Compartilhe!

Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no WhatsApp Compartilhar no Email

Últimas em Cotidiano

publicidade

Mais lidas no TNOnline

publicidade

Últimas do TNOnline