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FENÔMENO NATURAL

Rio na Amazônia atinge quase 100 °C e cozinha animais vivos

Fenômeno no Peru desafia cientistas e ameaça ecossistema da floresta

Da Redação

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O rio atinge mais de 90º e cozinha animais vivos.
Icone Camera Foto por Reprodução/ Projeto Mantis
O rio atinge mais de 90º e cozinha animais vivos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.09.2025, 14:38:45 Editado em 02.09.2025, 14:38:39
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Um rio na Amazônia peruana está chamando a atenção de cientistas do mundo inteiro. Chamado Shanay-timpishka, expressão indígena que significa “fervido pelo calor do sol”, ele atinge temperaturas próximas a 100 °C, cozinha pequenos animais vivos e altera todo o ecossistema ao redor.

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O rio atravessa falhas geológicas profundas, onde a água aquecida no subsolo sobe à superfície. “Se você colocar a mão, vai ter queimaduras em segundos”, alertou o geocientista peruano Andrés Ruzo, que pesquisa o local há anos.

Ele descreve cenas chocantes de animais que caem no rio: “A primeira coisa a se perder são os olhos. Eles ficam branco-leitosos. Tentam nadar para fora, mas a carne vai cozinhando nos ossos”.

Calor extremo muda a vegetação

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Em 2024, cientistas instalaram 13 sensores ao longo do Shanay-timpishka para medir temperaturas e efeitos ambientais. Enquanto áreas mais afastadas registraram médias de 24 °C, trechos próximos ao rio chegaram a 45 °C.

A diferença térmica impacta a vegetação. Árvores resistentes, como a Ceiba, sobrevivem. Já espécies mais frágeis, como a Guarea grandifolia, desaparecem. “Mesmo sendo úmido, a floresta parecia bem mais seca”, disse Alyssa Kullberg, do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne.

Para pesquisadores como Rodolfo Nóbrega, da Universidade de Bristol, o fenômeno funciona como um laboratório natural para entender como a Amazônia pode reagir às mudanças climáticas.

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Alerta global

O rio tem importância espiritual para comunidades indígenas, mas também é um sinal de alerta ambiental.

“Se a floresta desaparecer, muito do carbono vai para a atmosfera e isso afeta o clima global”, ressaltou Chris Boulton, da Universidade de Exeter.

Para os cientistas, o Shanay-timpishka é, ao mesmo tempo, uma maravilha natural e um lembrete da urgência em proteger a Amazônia.

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