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Quem era o ex-militar forçado a beber ácido durante assalto em SP

A Polícia Civil busca pistas para elucidar o assassinato do motorista de aplicativo Tiago Augusto Nicolau, de 30 anos, que foi obrigado a tomar ácido durante um assalto, em Leme, no interior de São Paulo. Nicolau foi militar da Força Aérea Brasileira (FAB

José Maria Tomazela (via Agência Estado)

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Escrito por José Maria Tomazela (via Agência Estado)
Publicado em 24.06.2025, 15:42:00 Editado em 24.06.2025, 15:49:59
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A Polícia Civil busca pistas para elucidar o assassinato do motorista de aplicativo Tiago Augusto Nicolau, de 30 anos, que foi obrigado a tomar ácido durante um assalto, em Leme, no interior de São Paulo. Nicolau foi militar da Força Aérea Brasileira (FAB), mas teve baixa devido a um problema na visão. Ele morreu no último dia 18, após ficar oito dias internado. Até esta terça-feira, 24, nenhum suspeito tinha sido preso pelo crime.

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A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) diz que a Polícia Civil de Leme está em diligências e realiza todas as medidas cabíveis para apurar o caso.

De acordo com o registro policial, na tarde do dia 10, Tiago foi encontrado pelo trabalhador de uma usina de cana-de-açúcar em uma estrada vicinal que liga a sede do município ao bairro do Caju, na zona rural. Ele estava consciente e contou que foi rendido por dois assaltantes.

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Ele disse ter sido levado para a área rural, onde foi agredido e obrigado a tomar uma substância corrosiva. Os criminosos fugiram levando seu celular e o veículo, um automóvel Renault Sandero, de cor prata.

O trabalhador acionou o serviço de resgate do Corpo de Bombeiros e o ex-militar foi levado para a Santa Casa de Leme. Devido à gravidade do caso, ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A ingestão do líquido, inicialmente relatado como ácido de bateria, causou queimaduras graves na boca, língua, faringe e esôfago da vítima. Seu quadro agravou e ele morreu no dia 18.

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A família usou as redes sociais para pedir justiça. "Nos tiram até a despedida dele, não iremos fazer a despedida dignamente. Vai apenas ter uma breve, caixão lacrado e enterro. Que mãe e pai merece passar por isso. A Justiça dos homens pode ser falha, a Justiça de Deus pai, não", postou a prima, Taís Nicolau, em sua rede social.

Tiago deixou a FAB devido a problema de visão não relacionado à sua função militar, passando a trabalhar como motorista de aplicativo. Ele era casado e pai de uma filha pequena. No dia em que foi morto, ele tinha informado a esposa que levaria o carro para lavar na casa de sua mãe. Foi o último contato com a família.

A reportagem apurou que a polícia buscou imagens de câmeras de monitoramento na cidade e em rodovias da região, inclusive em praças de pedágio, na tentativa de localizar o veículo. O carro levado pelos suspeitos ainda não foi encontrado.

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A polícia tentou também o rastreio do celular de Nicolau, que também não foi localizado.

O crime, relatado inicialmente como roubo, agora é investigado como latrocínio - roubo seguido de morte. Outras hipóteses também são apuradas, entre elas uma possível vingança. A investigação busca entender por que os suspeitos obrigaram a vítima a beber ácido. O laudo sobre o líquido ingerido pela vítima não foi divulgado. A origem da substância também é investigada.

Conforme o depoimento de familiares, Tiago não tinha inimigos. A descrição feita por eles é de uma pessoa tranquila e com muitos planos. Em sua rede social, o motorista de aplicativo fazia postagens sobre viagens, como a que fez recentemente para um parque temático de Santa Catarina. Ele revela também seu grande amor pela filha, que aparece em sua companhia em muitas fotos.

O corpo de Nicolau foi sepultado na sexta-feira, 20, no Cemitério Municipal São João Batista, em Leme.

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