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Polícia confirma 18 mortos em operação no Complexo do Alemão

A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos

Marcio Dolzan, Fábio Grellet e Rayanderson Guerra (via Agência Estado)

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Blindado circula pelo Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Icone Camera Foto por Reprodução/TV Globo
Blindado circula pelo Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
Escrito por Marcio Dolzan, Fábio Grellet e Rayanderson Guerra (via Agência Estado)
Publicado em 21.07.2022, 20:46:00 Editado em 21.07.2022, 20:54:06
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Ao menos 18 pessoas morreram durante operação realizada pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, nesta quinta-feira, 21. Segundo a PM, foram mortos 16 suspeitos, uma moradora vítima de bala perdida (Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, atingida quando estava dentro de um carro) e um policial militar (o cabo Bruno de Paula Costa, atingido no pescoço).

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A operação conjunta reuniu cerca de 400 policiais e foi realizada para combater uma quadrilha especializada em roubo de veículos nos bairros do Méier, Irajá e Pavuna, na mesma região. Segundo a PM, a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada na Fazendinha, uma das comunidades do complexo do Alemão, foi atacada por criminosos, que também ergueram barricadas e lançaram óleo nas vias para dificultar o acessos dos policiais. O cabo Costa foi atingido durante ataque à UPP.

À noite, em entrevista coletiva, os subsecretários das polícias Civil e Militar, delegado Ronaldo Oliveira e Fabrício Oliveira, afirmaram que os policiais agiram para evitar que mais de 100 criminosos com réplicas de fardas deixassem o complexo do Alemão, invadissem outras comunidades e cometessem crimes em outras áreas da cidade. Mas não deram detalhes sobre o uso dessas réplicas de fardas nem sobre os crimes que o grupo pretenderia praticar.

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"Nessa ação não pode haver comemoração. Tivemos a morte de dois inocentes, da senhora Letícia e de um policial militar", afirmou o comandante do Bope, Uirá Nascimento. Familiares de Letícia acusam a polícia de disparar o tiro que a atingiu. "O fato está sendo apurado pela Delegacia de Homicídios. A dinâmica será esclarecida com a investigação. Lamentamos profundamente a morte dela. O fato está em apuração", completou.

A operação contou com equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), dez veículos blindados e quatro helicópteros. PMs do 3º BPM (Méier), do 41ºBPM (Irajá) e de outros batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área, que inclui as zonas norte e oeste do Rio) ainda atuam nas comunidades Juramento e Juramentinho. Houve intenso tiroteio.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram tiros de balas traçantes, tendo os helicópteros como alvo. Os criminosos também ergueram barricadas, inclusive com fogo, para tentar impedir ou dificultar o acesso dos policiais.

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"Esse grupo criminoso vem empreendendo roubos a bancos como aqueles que ocorreram no município de Quatis, em Niterói e na Baixada Fluminense, e roubos de carga, além de planejar tentativas de invasão a outras comunidades. Entre os roubos de carga realizados pelos criminosos constam roubos de óleo diesel para derramar em ladeiras quando estivessem ocorrendo operações visando dificultar o avanço de guarnições policiais", informou a polícia, por nota, ainda durante a tarde.

A Defensoria Pública afirma ter recebido de moradores denúncias de invasão de casas e agressões supostamente cometidas por policiais. Imagens de televisão mostraram policiais entrando em residências de moradores. Ao comentar essas acusações, o subsecretário Oliveira afirmou na entrevista coletiva que moradores das favelas são obrigados pelos criminosos a fazer "baderna".

"É evidente que, se houver críticas e denúncias em relação à ação da polícia, elas serão investigadas, porém o que a gente está falando é que os criminosos estão obrigando parte da população para causar uma desordem durante a ação policial", afirmou.

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