Para atuar como médico, defesa pede liberdade de Jairinho

A defesa do vereador cassado e médico, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, entrou com o pedido de liberdade no Tribunal de Justiça sob a alegação de que ele irá trabalhar como médico e que não tem mais influência política que justifique o encarceramento. O pedido será julgado pela 2ª Câmara Criminal.

Jairinho e a mãe, a professora Monique Medeiros, foram presos em abril acusados da morte de Henry Borel, de 4 anos, em março. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por tortura, homicídio duplamente qualificado com emprego de tortura.

Conforme o advogado Braz Sant’Anna, Jairinho moraria em Bangu, zona oeste, “local onde pretende continuar residindo e exercer a sua profissão de médico, que não chegou a ser iniciada por haver optado pela carreira política”, diz trecho do pedido de liberdade encaminhado à Justiça ao qual o Metrópoles teve acesso.

A defesa de Jairinho também o descreve como “pessoa carismática, sincera, amiga, que jamais deixou de ouvir e de estender as mãos a todos que o procuravam nos momentos de infortúnios”. O pedido está nas mãos da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita.

A defesa contesta denúncia do Ministério Público, como a de que Jairinho induziu ou coagiu testemunhas ouvidas na 16ª DP (Barra da Tijuca). Alega que, com a cassação de seu mandato, “não mais persiste o esdrúxulo argumento de sua influência política e a possibilidade de eventual interferência na escorreita produção da prova em juízo”.

Caso Henry

O menino Henry Borel foi levado para hospital na Barra da Tijuca já morto em 8 de março. Jairinho e Monique alegaram acidente doméstico, mas laudo do Instituto Médico Legal identificou 23 lesões no corpo do menino que demonstraram as agressões.

Jairinho e Monique foram presos em abril e respondem pelo crime no 2ª Tribunal do Júri.

As informações são do Metrópoles.