O Papa Leão XIV reafirmou nesta semana a disposição da Igreja Católica em acolher pessoas LGBT+, dando continuidade à postura defendida por seu antecessor, o Papa Francisco. A declaração foi feita durante uma audiência de trinta minutos com o padre jesuíta e ativista James Martin, conhecido pelo trabalho em prol da presença de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer na Igreja.
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Em relato à imprensa, Martin descreveu a reunião como “consoladora, encorajadora e, francamente, muito divertida”. Segundo ele, o Papa Leão transmitiu a mesma mensagem de acolhimento que recebeu anteriormente de Francisco, destacando a importância de manter o diálogo aberto com a comunidade LGBT+.
“Ele nos incentivou a seguir com esse trabalho de inclusão e diálogo”, disse Martin, que ajudou a fundar a organização Outreach, dedicada a promover a aceitação de católicos LGBT+ em todo o mundo.
Peregrinação LGBT+ ao Vaticano
O encontro ocorreu dias antes de uma peregrinação do Ano Santo ao Vaticano, evento que reunirá fiéis LGBT+ e aliados para celebrar a fé e o acolhimento. Embora não tenha patrocínio oficial do Vaticano, a peregrinação faz parte do calendário do Ano Santo e é vista como um gesto simbólico de abertura e integração.
Durante a audiência, o Papa Leão repetiu uma expressão marcante de Francisco ao lembrar que a Igreja é para “todos, todos, todos”, reforçando o caráter universal e inclusivo da instituição.
Doutrina permanece inalterada
Apesar das manifestações em prol da inclusão, o Papa deixou claro que a doutrina oficial da Igreja Católica, que considera os atos homossexuais “intrinsecamente desordenados”, não será alterada.
Em 2012, antes mesmo de assumir o papado, Leão fez críticas ao “estilo de vida homossexual” e à forma como o tema era tratado pela mídia. No entanto, ao ser nomeado cardeal em 2023, ele passou a defender publicamente a necessidade de uma Igreja mais acolhedora, em sintonia com os apelos de Francisco.
Martin, por sua vez, afirmou não estar preocupado com as antigas declarações do atual pontífice. Para ele, a mudança de postura representa um avanço significativo na construção de uma Igreja mais aberta e compassiva.
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