A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Mato Grosso do Sul, não deve retornar à região onde ocorreu o ataque fatal. O fato aconteceu no dia 20 de abril, às margens do Rio Miranda, em Aquidauana.
O animal, um macho adulto da espécie, continua em recuperação no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande (MS). Ele chegou ao local na última quinta-feira (24) com apenas 94 quilos, peso considerado muito abaixo do ideal, que é de aproximadamente 120 quilos para indivíduos da mesma categoria.
Desde então, o felino vem recebendo cuidados intensivos, com uma dieta proteica rigorosa composta por sete quilos diários de carne, incluindo cortes de peixe, frango e boi.
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De acordo com os veterinários, a onça tem se alimentado bem, mas exames detectaram alterações nos rins e no fígado, além de um leve quadro de anemia e sinais de gastroenterite.
Apesar da gravidade dos sintomas, os especialistas afirmam que não há indícios de falência de órgãos, mas o animal continuará sendo monitorado de perto.
Durante o tratamento, a onça chegou a apresentar comportamento agressivo. No quarto dia de internação, reagiu de forma hostil à presença humana e tentou um novo ataque, o que reforça a necessidade de cuidados redobrados durante o manejo.
A decisão sobre seu destino está sendo avaliada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conjunto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
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A onça poderá ser transferida para outro local, de forma provisória ou definitiva, a depender da evolução de seu estado clínico e comportamental.
O caso reacende o debate sobre a convivência entre humanos e grandes predadores em áreas de transição entre mata e ocupação rural.
As informações são do OBemdito.
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