Uma professora brasileira de 43 anos foi localizada morta no interior do apartamento em que vivia em Sidney, na Austrália, na noite do último sábado (25). O corpo da vítima, identificada como Catiúscia Machado, natural de Canoas (RS), estava coberto de gelo em uma banheira.
As autoridades locais informaram que foram acionadas pelos vizinhos da vítima. Ainda conforme o repassado à imprensa, o namorado de Catiúscia foi preso suspeito de ter cometido o crime.
A mãe da vítima, Eliaide Machado, concedeu uma entrevista à Rádio Gaúcha, e deu detalhes sobre o caso. Segundo a familiar, o homem, que também é brasileiro, teria agredido a filha durante um desentendimento, e ela teria caído na banheira após a agressão.
Eliaide informou que a filha e o namorado se conheceram há pouco mais de um ano, em Vila Velha, no Espírito Santo. Juntos, decidiram ir morar no país na Oceania. No entanto, Catiúscia pretendia retornar ao Brasil em junho de 2024.
"Os dois estavam trabalhando, conseguiram alugar um apartamento, ela comprou um carro. Pra mim, a vida dela tava 100% lá com ele. Era isso que ela passava pra nós", pontua a mãe.
- LEIA MAIS: Homem que traiu namorada com o sogro se pronuncia pela 1ª vez
Segundo Eliaide, a filha vinha de uma viuvez. O genro teria "se aproveitado do estado emocional dela" para começar o relacionamento. A mulher ainda pontua que soube mais detalhes a respeito do comportamento do suspeito após uma ex dele procurá-la. Segundo ela, o homem era violento - o que tornou o processo de separação turbulento. Além disso, o detido é investigado por violência doméstica no Brasil.
"Eu não gostei dele. Ele não me passou confiança. Ele não conversava olhando nos olhos. Ele abaixava muito a cabeça quando conversava comigo. Eu conversei muito com ela, esse namoro não foi do meu agrado", reflete Eliaide.
Quem era Catiúscia?
A mãe da professora disse que a filha era amante de viagens. Além disso, a mulher apreciava o mar, tanto que em suas redes sociais é possível encontrar registros dos locais que visitiva.
"Quem me conhece sabe que eu sou do mar. Ah, como eu amo praia", escreveu em uma postagem sobre Maceió.
Segundo Eliaide, a filha deixou o estado gaúcho com 32 anos. "A infância dela, a juventude dela, a vida dela e os amigos dela são todos do Rio Grande do Sul. Ela saiu daí com 32 anos, quando foi morar em Manaus", contou.
Apesar de viver longe de onde nasceu, Catiúscia jamais deixou suas raízes. Em uma de suas publicações, ela demonstrou ter "orgulho de ser gaúcha". Em outra foto, a professora aparece vestindo a camisa do Grêmio, time pelo qual torce, em um estádio de futebol.
De acordo com Eliaide, a filha viajou para a Austrália em março de 2022 para estudar inglês. A professora pretendia retornar ao Brasil em junho de 2024.
"Eu sempre conversava com ela pela manhã, ela sempre me dizia que tava muito feliz, tava tudo bem. Ela, inclusive, tava dando aulas lá pra umas crianças brasileiras e me mostrava umas fotos, sempre super bem", complementa a mãe.
O corpo de Catiúscia passará por necrópsia para que seja identificada a causa da morte. A família pretende realizar o enterro no Brasil.
Com informações do G1.
Deixe seu comentário sobre: "O que se sabe sobre a brasileira encontrada morta na Austrália?"