Nova diretriz recomenda metas mais rígidas para controle do colesterol
A diretriz também recomenda que todos os adultos façam pelo menos uma vez na vida a dosagem da lipoproteína

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) divulgou, nesta semana, a "Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2025", que atualiza a versão anterior, publicada em 2017. O documento traz mudanças importantes no diagnóstico, no acompanhamento e nas estratégias de tratamento do colesterol, com o objetivo de reduzir as doenças cardiovasculares — principal causa de morte no Brasil, responsáveis por cerca de 400 mil óbitos por ano.
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Uma das principais novidades é a adoção do escore Prevent, ferramenta da American Heart Association que estima o risco cardiovascular em 10 anos. Diferente dos métodos tradicionais, que consideravam apenas idade, sexo e histórico clínico, o novo cálculo inclui também índice de massa corporal (IMC) e função renal, ampliando a precisão na estratificação de risco.
O documento reduziu os valores de referência para o colesterol LDL (“ruim”) e incluiu metas para colesterol não-HDL e apolipoproteína B. Pela primeira vez, foi criada a categoria de "risco extremo", que exige limites ainda mais baixos.
- Baixo risco: LDL < 115 mg/dL
- Risco intermediário: LDL < 100 mg/dL
- Alto risco: LDL < 70 mg/dL
- Muito alto risco: LDL < 50 mg/dL
- Risco extremo: LDL < 40 mg/dL
A diretriz também recomenda que todos os adultos façam pelo menos uma vez na vida a dosagem da lipoproteína(a), ou Lp(a), marcador associado a risco elevado de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Valores acima de 125 nmol/L ou 50 mg/dL indicam elevação significativa.
O documento reforça a importância de alimentação equilibrada, prática regular de exercícios, abandono do tabagismo, controle do peso e moderação no álcool.
Com informações do g1
