Uma idosa de 78 anos foi assassinada dentro de casa em Itajubá (MG) e a principal suspeita é a própria filha, que teria premeditado o crime por motivos financeiros. Após cometer o homicídio, a mulher tentou simular que havia encontrado o corpo ao voltar de viagem, mas a farsa foi desmascarada pela Polícia Civil.
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A vítima, viúva de um promotor de Justiça, foi encontrada morta no dia 4 de maio, em avançado estado de decomposição e com parte do corpo queimado. A filha alegou que havia viajado para o interior de São Paulo e que, ao retornar, se deparou com a cena. No entanto, as investigações mostraram que a idosa foi morta uma semana antes, no dia 27 de abril, e que o crime foi cuidadosamente planejado.
O laudo pericial apontou que a morte ocorreu por asfixia com uso de clorofórmio. Após matar a mãe, a criminosa tentou queimar o corpo utilizando mantas com querosene, velas e objetos inflamáveis, mas o incêndio não se espalhou como ela havia planejado.
“O objetivo era destruir o corpo e a cena do crime para dificultar a investigação. Mas conseguimos reunir provas que demonstram claramente a autoria e a motivação”, explicou o delegado Rodrigo Megale Anderi, responsável pelo caso.
Pesquisas e provas
Antes do crime, a filha realizou uma série de buscas na internet. Entre elas: “como carbonizar um corpo com clorofórmio”, “quanto tempo o clorofórmio permanece no organismo” e “quantos dias a perícia consegue identificar a causa da morte”.
Durante a viagem, ela ainda pesquisou sobre incêndios em Itajubá, o que levantou suspeitas dos investigadores. “Se ela desconhecia a morte da mãe, por que procurava esse tipo de informação? ”, questionou o delegado.
A mulher também tentou apagar mensagens e arquivos do celular, mas a polícia conseguiu recuperar os dados e identificar as pesquisas feitas antes e depois do assassinato.
Herança, cheques e venda de carro
A motivação foi exclusivamente financeira. Após gastar toda a herança deixada pelo pai a mulher passou a depender da mãe. Com o relacionamento já desgastado, voltou a morar com a idosa no início deste ano.
Após o crime, ela se apossou de dinheiro sacado pela vítima, levou um talão de cheques e o carro da mãe. Um dos cheques, no valor de R$ 10 mil, foi preenchido após a morte e acabou bloqueado por suspeita de fraude. Já o veículo foi vendido em São Paulo no mesmo dia do assassinato.
Segundo a Polícia Civil, o histórico de conflitos entre mãe e filha incluía registros anteriores de brigas e uma ocorrência na Delegacia da Mulher por disputa patrimonial.
A autora foi indiciada por latrocínio (roubo seguido de morte) e fraude processual. A Justiça decretou sua prisão preventiva por tempo indeterminado.
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