A técnica em enfermagem, Daniela Teixeira Antonini, de 42 anos, que foi encontrada morta com a mãe e a filha no apartamento da família, usou as redes sociais para fazer um desabafo em março deste ano. Na publicação, ela comentava as dificuldades enfrentadas durante uma internação prolongada da filha, Giovanna Antonini Vasconcelos, de 1 ano e 11 meses, que tinha uma condição grave de saúde.
“30 dias vivendo num cubículo com mais 8 pessoas, bombas apitando, luz na cara, comida ruim e fria. Dividindo banheiro sujo com mais 36 leitos… Só com basculante, sem ar-condicionado ou ventilador, geladeira, nem uma fruta vem, nem um café… e ainda passando raiva… Onde assina para ser pai ao invés de mãe? Alguém me fala? Jornada 30×7, quando há boa vontade”, escreveu Daniela.
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Daniela era mãe solo e cuidava sozinha de Giovanna, diagnosticada com atresia do esôfago, uma má-formação congênita rara que impedia a menina de se alimentar normalmente. A criança precisava de alimentação por sonda e de cuidados constantes. Em seu perfil nas redes, Daniela falava sobre a rotina com a filha e promovia rifas para ajudar nos custos do tratamento.
Segundo pessoas próximas, além das dificuldades de saúde da filha, ela também enfrentava problemas financeiros e emocionais.
Corpos encontrados em apartamento
Na última sexta-feira (9), Daniela, sua filha Giovanna e sua mãe, Cristina Lúcia Bastos Teixeira, de 68 anos, foram encontradas mortas dentro do apartamento onde moravam, no 13º andar de um condomínio localizado no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de Belo Horizonte, Minais Gerais.
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As três estavam deitadas em uma cama, em um quarto com janelas e portas fechadas. Quatro cachorros também foram encontrados mortos no mesmo cômodo. Os corpos estavam em avançado estado de decomposição, mas não apresentavam marcas visíveis de violência, segundo informações da Polícia Militar (PM).
No local, no entanto, chamou a atenção que havia três bandejas com carvão aceso.
Durante a perícia, uma carta escrita por Daniela foi encontrada no apartamento. No texto, ela mencionava que o aluguel do apartamento estava atrasado e que a família precisava de ajuda. Ao final da carta, ela pediu desculpas.
A Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso. Ainda não há confirmação oficial sobre a causa das mortes.
Com informações do OBemdito.
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