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MP pede bloqueio de até R$ 3 milhões em bens de empresário que confessou ter matado gari em BH

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça o bloqueio de até R$ 3 milhões em bens - "com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira" - do empresário Renê da Silva Noguei

Redação, O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)

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Escrito por Redação, O Estado de S. Paulo (via Agência Estado)
Publicado em 19.08.2025, 21:57:00 Editado em 19.08.2025, 22:09:07
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça o bloqueio de até R$ 3 milhões em bens - "com preferência para dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira" - do empresário Renê da Silva Nogueira, investigado pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes.

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Segundo a Polícia, Nogueira Junior foi interrogado novamente nesta segunda, 18, e confessou o crime.

Em nota, o MP afirma que a medida deve atingir também a esposa do suspeito, delegada da Polícia Civil, por entender que, "como dona da arma de fogo usada no crime, ela responde solidariamente pelo caso."

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No parecer, o MP destaca que o padrão de vida exposto pelo casal nas redes sociais e as trajetórias profissionais de ambos "fazem presumir a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória".

O pedido leva em conta o risco de que, "com a repercussão do caso na sociedade, o casal possa desviar parte do patrimônio, lesando o interesse legítimo dos familiares da vítima."

Nesta terça, a Polícia Civil de MG disse que o empresário afirmou em depoimento que efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito. Ele também admitiu que usou a arma particular da esposa, que é delegada, mas afirmou que ela não tinha conhecimento que ele havia se apoderado da pistola calibre .380 .

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O empresário está preso preventivamente desde a semana passada. À época do crime, ele negou ter atirado em Laudemir de Souza Fernandes.

O Estadão tenta localizar a nova defesa do empresário, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. Nesta segunda, os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira deixaram o caso.

Em nota, Salles afirmou que, "após conversa reservada" com o cliente, decidiu, "por motivo de foro íntimo, renunciar à sua representação nos autos da investigação que apura a morte do sr. Laudemir".

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Como o crime ocorreu

Ao ver a rua por onde transitava com fluxo interrompido momentaneamente pelo caminhão de lixo, Nogueira Junior ameaçou "atirar na cara" da motorista do veículo, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil.

Quando Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, o motorista sacou a arma e atirou contra a vítima, atingida na região torácica. Laudemir foi encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu.

O empresário fugiu do local do crime e foi preso enquanto treinava em uma academia de alto padrão no Estoril, bairro nobre de Belo Horizonte. Segundo a polícia, a arma usada no crime é uma pistola calibre .380 que pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, mulher de Renê. Exames periciais confirmaram que essa foi a arma usada para matar o gari.

A polícia indiciou Nogueira Junior por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça.

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