Morre mulher que foi arrastada por 1 km na Marginal Tietê

Tainara Souza Santos, de 31 anos, morreu na noite desta quarta-feira (24) no Hospital das Clínicas, na zona oeste de São Paulo. A vítima estava internada em estado grave desde o dia 29 de novembro, após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê.

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Com a confirmação do óbito, ocorrido por volta das 19h, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a natureza do crime foi alterada de tentativa para feminicídio consumado.

Desde a data do ataque, Tainara foi submetida a mais de quatro procedimentos cirúrgicos. Devido à gravidade das lesões provocadas pelo arrastamento, ela teve as duas pernas amputadas abaixo da linha do joelho.

Luto e pedido de justiça

Nas redes sociais, Lúcia Aparecida Souza da Silva, mãe da vítima, confirmou o falecimento e pediu justiça.

"É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou. Ela acabou de partir desse mundo cruel e está com Deus. É uma dor enorme, mas acabou. O sofrimento agora é pedir por justiça", escreveu Lúcia.

Relembre o crime

O ataque ocorreu na manhã de 29 de novembro. Câmeras de segurança registraram Tainara caminhando ao lado de um homem, de 26 anos, momentos antes do crime. Trinta segundos após saírem do enquadramento, o vídeo flagra o atropelamento.

O motorista passou com o carro sobre a vítima e, na sequência, a arrastou pela via. Um segundo registro, feito por uma testemunha que trafegava pela Marginal Tietê, mostra o veículo arrastando a mulher por uma longa distância. Ela foi socorrida inicialmente ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli com ferimentos severos no rosto e membros inferiores.

Prisão e resistência

O suspeito, de 26 anos, foi preso na noite seguinte ao crime (30 de novembro), em um hotel na Vila Prudente, zona leste da capital. Segundo a SSP-SP, o homem teve a intenção deliberada de matar a vítima.

No momento da abordagem, o suspeito resistiu à prisão e investiu contra a equipe policial, tentando tomar a arma de um dos agentes. Durante a contenção, ele foi baleado no braço por um investigador.

Após receber atendimento no Hospital Municipal Vila Alpina, ele foi encaminhado à 4ª Seccional do Cerco (Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado). A prisão foi mantida após audiência de custódia realizada em 1º de dezembro. O indiciado permanece detido no Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos.

As informações são da CBN.