Menino de 7 anos perde as duas pernas após complicações da gripe

O que começou como uma gripe comum transformou radicalmente a vida de Kaden Stevenson. Em dezembro de 2022, então com 7 anos, o garoto apresentou sintomas típicos da infecção viral. A família acreditava que, como ocorre na maioria dos casos, ele se recuperaria em poucos dias. Mas a situação evoluiu de forma alarmante.

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Após quatro dias de febre e mal-estar, Kaden passou a sentir uma dor intensa na perna direita, que logo inchou e ficou marcada por manchas escuras e erupções cutâneas. O quadro acendeu o alerta dos médicos.

Especialistas explicam que, embora a gripe pareça inofensiva, ela pode abrir brechas para infecções bacterianas severas quando o sistema imunológico fica fragilizado. Foi o que ocorreu com Kaden: o vírus enfraqueceu suas defesas e permitiu que bactérias atingissem a corrente sanguínea, desencadeando septicemia uma resposta inflamatória generalizada capaz de comprometer órgãos e causar falência múltipla.

Com a rápida piora, o menino precisou ser transferido de avião para um centro especializado. Ele passou por cirurgias de emergência para remover tecidos necrosados, mas o avanço da infecção era irreversível. Duas semanas depois, a família recebeu a notícia devastadora: para salvar sua vida, seria necessário amputar as duas pernas — a direita acima do joelho e a esquerda abaixo.

A partir daí, começou uma longa jornada. O processo de reabilitação durou semanas, e continua até hoje, já que cirurgias adicionais serão necessárias conforme o garoto cresce.

Agora, aos 10 anos, Kaden e sua mãe, Michele Stevenson, transformam a própria dor em ação. Michele admite que não vacinou o filho por falta de tempo e rotina atribulada. Hoje, ela reforça que a vacinação é essencial para evitar complicações graves mesmo em crianças saudáveis.

Para alcançar outras famílias, Kaden conta sua história de forma lúdica e inspiradora. Em vídeos animados, ele se apresenta como “Kaden Blaze”, um herói com pernas robóticas e superpoderes, incentivando a vacinação e mostrando que a prevenção é a melhor forma de proteção.

A família espera que o caso sirva de alerta para evitar que outras crianças enfrentem riscos tão graves causados por algo que muitos ainda subestimam: a gripe.

Foto: Reprodução / Families Fighting Flu / Metrópoles

Com informações: Metrópoles