Lavínia de Freitas Oliveira e Souza, de 10 anos, baleada na cabeça durante uma briga de trânsito em Porto Firme, na Zona da Mata Mineira, morreu na manhã desta quarta-feira (16). A criança estava internada em um hospital de Juiz de Fora, a 283 km de Belo Horizonte, há um mês. A informação foi confirmada pelo tio da família.
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O caso aconteceu no dia 15 de junho. Segundo a Polícia Militar, a criança estava no banco da frente de um veículo, que seguia pela via de acesso pública na região conhecida como Vinte Alqueires, quando a briga aconteceu.
Para a polícia, o pai da criança contou que “um carro vermelho trafegava em alta velocidade, logo atrás, e fechou o seu carro”. Ainda segundo o relato dele, ele pensou que poderia ser um assalto e acelerou o automóvel, realizando uma manobra pela direita. Assim que arrancou o veículo, ouviu disparos de arma de fogo.
Após perceber o ferimento, a família levou a menina direto para o hospital. Devido à gravidade dos ferimentos, a vítima precisou ser transferida para um hospital em Ponte Nova. Ela passou por uma cirurgia na cabeça e ficou internada na CTI. Posteriormente, a criança foi transferida para Juiz de Fora para um hospital com mais estrutura.
Ainda durante a noite de domingo (15), a Polícia Militar prendeu em flagrante o suspeito, o policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Para a Polícia, ele confessou que “efetuou alguns disparos na direção do outro veículo” ao “se sentir ameaçado” pelo motorista em alta velocidade, tentando ultrapassá-lo, piscando os faróis e, posteriormente, o ‘fechando’ na pista.
A arma de fogo utilizada no crime foi encontrada dentro de sua casa, no guarda-roupa, com dois carregadores. No dia 17 de junho, ele teve a prisão convertida em preventiva e segue, desde então, detido na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, a juíza em substituição na Comarca de Piranga, Alessandra de Souza Nascimento Gregório, entendeu que havia indícios suficientes do crime, como depoimentos, documentos e apreensões feitas pela polícia. Por isso, decidiu manter Márcio preso enquanto o processo corre na Justiça.
Na decisão, a magistrada destacou a gravidade do caso: trata-se de uma tentativa de homicídio, com uso de arma de fogo, praticada por alguém que deveria zelar pela segurança da sociedade, o que, segundo ela, aumenta a sensação de insegurança entre os moradores da região.
A juíza também afirmou que, agora, liberar o suspeito colocaria em risco a ordem pública e o andamento do processo, e que outras medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar, seriam insuficientes.
Com informações: R7
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