Durante uma expedição no sudoeste da Tasmânia, o fotógrafo australiano Ben Alldridge registrou, pela primeira vez, um marsupial emitindo brilho natural durante a noite. O animal flagrado é um quoll-oriental (Dasyurus viverrinus), espécie selvagem conhecida por apresentar biofluorescência em sua pelagem. Veja as imagens abaixo.
Durante o dia, sob luz visível, a pelagem do quoll-oriental é marrom ou preta com manchas brancas. No entanto, algumas áreas do corpo absorvem a luz ultravioleta e a reemitem em um comprimento de onda diferente, o que resulta em um brilho azul vibrante, fenômeno conhecido como biofluorescência.
As imagens registradas por Alldridge são consideradas os primeiros registros visuais já conhecidos de um marsupial exibindo biofluorescência, a capacidade de absorver luz ultravioleta, invisível ao olho humano, e reemitir luz visível.
“Há pouco mais de doze meses, tive o encontro mais significativo da minha vida. Pelo que posso perceber, esse encontro é único. Esta é a primeira documentação verificável de marsupiais brilhantes da Tasmânia”, conta o fotógrafo em seu blog de evidências científicas.
O fenômeno da biofluorescência não é exclusivo dos marsupiais. Ele também ocorre em outros animais, como mamíferos, corais, insetos e peixes. Embora a função biológica desse brilho ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que possa estar relacionada à comunicação, camuflagem ou reprodução.
A imagem registrada por Ben Alldridge foi destacada pela equipe de fotografia da revista Nature como uma das mais impressionantes do mês de agosto.
Informações: Metrópoles
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