Manicure diz que cabeça de sobrinho estava pendurada em árvore
A descoberta ocorreu após buscas de familiares na região, impactada pela megaoperação policial de terça-feira (28) no Rio de Janeiro

O corpo de Yago Ravel Rodrigues, 19 anos, foi encontrado decapitado em uma área de mata no Complexo do Alemão, segundo denúncia de sua tia, a manicure Beatriz Nolasco. A descoberta ocorreu após buscas de familiares na região, impactada pela megaoperação policial de terça-feira (28) que, segundo a contagem oficial, resultou em 119 mortes.
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Beatriz Nolasco, que participou das buscas, responsabiliza os policiais pela morte do sobrinho. Segundo ela, Yago trabalhava como mototaxista na comunidade e não possuía antecedentes criminais.
A manicure relatou detalhes da descoberta e afirmou possuir um vídeo do momento em que a cabeça da vítima foi recolhida. “A cabeça estava pendurada em uma árvore. Foi um morador que pegou a cabeça dele e colocou no saco”, disse Beatriz. “Fazer operação é ok, mas o que aconteceu foi uma chacina.”
Procurada para comentar a acusação, a Polícia Militar ainda não deu retorno.
Nesta quarta-feira (29), Beatriz Nolasco estava entre as mais de cem pessoas, a maioria mulheres, que aguardavam na porta do Detran, no centro do Rio. O local foi designado para o cadastro de familiares antes do processo de reconhecimento dos corpos no Instituto Médico Legal (IML).
Entidades de direitos humanos e órgãos como a Defensoria Pública também estão no local para oferecer acompanhamento jurídico às famílias das vítimas.
Paralelamente, o Ministério Público informou que enviou técnicos para realizar uma perícia independente nos corpos. A perícia oficial é de responsabilidade da Polícia Civil. A expectativa no IML é de que nem todos os corpos sejam identificados ainda hoje.
Com informações do UOL
