Mãe é presa suspeita de queimar mãos do filho e jogar sal nas feridas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu uma mulher suspeita de torturar o próprio filho, um adolescente de 15 anos, Balneário Pinhal, litoral do estado. A prisão ocorreu durante a terceira fase da Operação Elo de Proteção, focada no combate a crimes contra vulneráveis.

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O caso veio à tona após a direção da escola onde o jovem estuda alertar as autoridades sobre sua ausência por dez dias. Quando o estudante retornou às aulas, ele estava com as mãos enfaixadas e relatou à instituição que a mãe o havia queimado em um fogão como punição por um suposto furto a um vizinho.

Segundo a Polícia Civil, a mulher não só infligiu as queimaduras, mas também não buscou atendimento médico. Em vez de socorro, ela teria aplicado sal de cozinha nas feridas, o que agravou o sofrimento do adolescente.

As lesões evoluíram para um quadro infeccioso grave, com risco de amputação, segundo informou o delegado Rodrigo Nunes, responsável pela investigação, com base em dados de profissionais de saúde.

O Conselho Tutelar foi acionado e, durante as primeiras diligências, a polícia confirmou que o jovem estava sem qualquer cuidado médico. Ele foi levado ao hospital, onde a equipe identificou queimaduras de terceiro grau nas duas mãos, além de sinais de infecção avançada e odor característico de necrose.

A mãe foi localizada no bairro Magistério e encaminhada ao sistema prisional após os procedimentos legais. Ela será investigada pelos crimes de tortura e omissão de socorro. O adolescente permanece internado, em tratamento para a recuperação das lesões e da sensibilidade das mãos.