Mãe de sobrinho de porta-voz de Trump é presa e pode ser deportada
Bruna Caroline Ferreira foi presa no último dia 12 de novembro
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A brasileira Bruna Caroline Ferreira foi presa pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) no dia 12 de novembro, perto de Boston. Bruna é ex-noiva de Michael Leavitt, irmão de Karoline Leavitt, atual secretária de imprensa da Casa Branca no governo de Donald Trump. A brasileira, que é mãe do sobrinho da porta-voz, encontra-se sob custódia e em processo de deportação.
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Segundo um porta-voz do Departamento de Segurança Interna (DHS), Bruna estava no país ilegalmente após ter excedido o prazo de seu visto de turista, expirado em junho de 1999. O órgão informou ainda que a brasileira "já foi presa anteriormente por agressão".
A defesa de Bruna contesta a narrativa apenas criminal. O advogado afirma que ela foi beneficiária do programa DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals), política que protegia imigrantes trazidos aos EUA ainda crianças. Bruna chegou ao país em 1998, levada pelos pais.
De acordo com o advogado, a brasileira não conseguiu renovar seu status há alguns anos, durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando houve esforços federais para encerrar o programa. Atualmente, ela estaria em meio a um processo legal para obter a cidadania americana.
A prisão ocorreu enquanto Bruna dirigia para buscar o filho de 11 anos em New Hampshire. Ela compartilha a guarda da criança com Michael Leavitt, mas o menino vive integralmente com o pai. Michael declarou à imprensa local que a situação é "difícil" e que o filho não fala com a mãe desde a detenção.
Fontes ligadas à família afirmam que a secretária de imprensa, Karoline Leavitt, não fala com a ex-cunhada há muitos anos. Questionada, a porta-voz da Casa Branca recusou-se a comentar o caso.
A irmã de Bruna, Graziela Dos Santos Rodrigues, criou uma campanha no GoFundMe para custear as despesas jurídicas, arrecadando mais de US$ 15 mil até a manhã desta quarta-feira (26). "Ela fez tudo ao seu alcance para construir uma vida estável e honesta aqui", escreveu Graziela.
O caso ilustra o endurecimento das políticas migratórias. Tricia McLaughlin, secretária adjunta de Segurança Interna, reiterou recentemente que beneficiários do DACA "não estão automaticamente protegidos contra deportações" e que o programa não confere status legal definitivo.
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